Dieese: 92% dos pisos salariais tiveram reajuste acima da inflação em 2011

Apenas 1,2% das negociações realizadas no ano passado ficaram no mesmo patamar da inflação e 6,9% ficaram abaixo

Viviam Klanfer Nunes

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SÃO PAULO – Mais brasileiros conseguiram aumento real do salário mínimo em 2011, mostrou pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgada nesta quarta-feira (11).

De acordo com os dados, 92% dos reajustes de pisos salariais no ano passado ficaram acima da inflação acumulada no período, medida por meio do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O estudo identificou uma parcela significativa de negociações cujos reajustes dos pisos ficaram de 2% a 3% acima da inflação. Do total de 671 negociações analisadas, 108 ficaram nesse patamar, número que representa 16,1% do total dos reajustes concedidos. Ainda segundo o Dieese, 1,2% das negociações realizadas no ano passado ficaram no mesmo patamar da inflação e 6,9% ficaram abaixo do índice.

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Análise setorial
Ao analisar os reajustes segundo os setores da economia, os resultados são bem próximos. O setor de comércio foi o que obteve o maior número de negociações cujos reajustes dos pisos ficaram acima da inflação: 94,8%. Na indústria, 94,1% dos reajustes ficaram nesse patamar, ao passo que, em serviços e no setor rural, 86,8% e 88,5% das negociações, nesta ordem, ficaram acima do INPC.

No ano passado, o Dieese registrou que 0,9% das negociações da indústria ficou no mesmo nível da inflação. No setor de serviços, 2,1% dos reajustes foram iguais ao índice. No setor rural, 3,8% dos reajustes foram iguais ao índice. No setor de comércio não houve registro de negociação que ficou no mesmo patamar da inflação.

Considerando os pisos que não conseguiram aumento real, o setor de serviços foi o que registrou o maior número: 11,1% dos reajustes ficaram abaixo da inflação. No setor rural, 7,7% ficaram nesse patamar, no comércio, 5,2% das negociações também resultaram em percentual menor que o da inflação e na indústria, a taxa foi de 5,0%.