Dia do Trabalho: apesar da recuperação, salário mínimo ainda é baixo, diz Lula

O presidente destacou que os trabalhadores só terão motivos para realmente comemorar a partir de 2008

Ana Paula Ribeiro

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SÃO PAULO – Um dia antes da comemoração do Dia do Trabalho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lembrou que, apesar dos avanços, como a política de valorização do salário mínimo e de incentivo à geração de empregos, os brasileiros ainda não têm motivos de sobra para comemorar este ano. “Estou desejando um feliz 1º de maio, com a certeza de que o 1º de maio de 2008 será melhor que o de 2007”, afirmou.

Mesmo destacando que 86% dos trabalhadores tiveram ganho real de salário, desde 2006, o presidente admitiu que o valor do mínimo ainda é considerado baixo. “Obviamente que o salário mínimo sempre é pouco, no Brasil e no mundo inteiro. Mas nós estamos reajustando o mínimo sempre acima da inflação, para que o cidadão possa cuidar de si e da sua família”.

Incentivo à cadeia produtiva

Conforme veiculou a Agência Brasil, órgão oficial de divulgação do governo, o presidente lembrou ainda que, com o atual reajuste do mínimo, para R$ 380, o mercado receberá um incremento de R$ 15 milhões, o que movimentará toda a cadeia produtiva do país.

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“É dinheiro que está circulando, gente que está consumindo. Quando há consumo, as lojas encomendam mais na fábrica, as fábricas produzem mais, geram mais empregos. Eu acho que todo mundo ganha mais com isso”, disse Lula, mencionando ainda que o poder aquisitivo do mínimo praticamente dobrou nos últimos quatro anos.

Geração de empregos

Em relação à geração de empregos, o presidente comentou que o país pode estar deixando para trás os quase 20 anos sem contratações e com dispensas. “Agora está o inverso. E o número mais positivo é o do mês de março, em que a gente bateu o recorde na geração de emprego com carteira assinada, ou seja, foi 91% maior do que em março de 2006”, afirmou, ressaltando que esse foi o melhor número desde que o Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged) foi criado.

“A nossa expectativa é de que, com o crescimento da economia, e todos os números indicam que a economia brasileira vai continuar crescendo de forma mais vigorosa nos próximos anos, e com a implantação do programa de aceleração da economia e também com a desoneração, ou seja, com a isenção de impostos que nós fizemos para material de construção civil e para a própria construção civil, nós temos aí um potencial extraordinário de geração de empregos no Brasil”, concluiu Lula.

Ana Paula Ribeiro

Jornalista colaboradora do InfoMoney