Dia das Mães: Tal mãe, tal filha

Conheça jovens profissionais que mudaram o rumo da própria carreira ao seguir os passos das mães e que hoje ajudam nos negócios da família

Eliane Quinalia

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SÃO PAULO – Martha Castro, 29 anos e Marcela Krüger, 22 anos: você sabe o que elas têm em comum? Além de jovens e talentosas, ambas seguem os passos de suas mães e hoje ajudam nos negócios da família.

Martha, por exemplo, se formou em arquitetura pela FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo) e apesar de sempre ter trabalhado como designer gráfica, percebeu que poderia ser mais útil se ajudasse sua mãe, que “é dessas pessoas cujo dom está na cozinha”, como ela mesma gosta de dizer.

Não, no começo ela nem pensou em colocar a mão na massa, mas sim em estruturar o negócio de doces artesanais da família, que começou pequenino em 2009 e hoje já conta com sete profissionais somando Martha e sua mãe, Edna Serra, de 52 anos.

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“Minha mãe sempre teve um grande talento na cozinha e eu percebi que poderíamos investir nisso”, explica a jovem, que hoje é uma das sócias da Pecadille Doces, ateliê de doces finos que produz desde bombons até cupcakes, lembrancinhas e bolos.

Aposta certeira
Segundo ela, a aposta foi tão boa que em dois anos as duas deixaram de fornecer doces para amigos para realizar eventos. “Começamos com amigos e agora atendemos grandes eventos como casamentos, festas de aniversário e muito mais”, conta a profissional que garante fornecer doces para até dez eventos por mês.

E os benefícios dessa relação não se limitam ao aspecto financeiro ou mesmo à colaboração de Martha com a identidade visual e o acabamento dos doces. “Temos uma parceria muito positiva. Ficamos mais próximas uma da outra e quando temos algum impasse discutimos até resolver a questão”, conta.

E de proximidade, a estudante de administração, Marcela Krüger entende bem. A jovem atualmente trabalha na Excom Comunicação e Excom Digital, empresa de sua mãe. “Ela pediu para trabalhar na empresa quando abrimos um braço de comunicação digital”, explica a jornalista e também proprietária da organização, Cecile Freire Krüger, de 51 anos.

Mãe modelo
Contudo, diferente de Matha, que entrou como administradora do negócio, Marcela começou na empresa de sua mãe como estagiária, justamente para aprender mais sobre a corporação e sobre os processos de trabalho.

“Minha filha começou a trabalhar aqui como estagiária, pois se um dia ela assumir a empresa, quero que saiba como tudo funciona por aqui”, diz Cecile, que conta com o apoio da filha sempre.

“Admiro muito minha mãe, acho ela uma das melhores aqui de Curitiba. Me inspiro muito nela, pois sei que ela é inteligente, honesta e empreendedora. É o meu modelo aqui dentro”, diz Marcela.

Jeito ideal
Mas será que existe uma maneira ideal de fazer com que os filhos sigam o exemplo de seus pais? De acordo com consultora de carreira da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Tatiana Ferrentini, sim.

“Ideal mesmo é quando a decisão de seguir os passos da mãe parte da própria filha, que se inspira no sucesso profissional de sua mãe”, diz.

Para ela, a relação de trabalho entre mãe e filha tende a ser muito promissora e vantajosa, já que a pessoa mais jovem pode trazer coisas novas para a empresa, enquanto que a mãe trará a tradição. “A soma disso dá um bem bolado, mas o sucesso dependerá muito da relação estabelecida entre mãe e filha. É preciso que haja respeito e reconhecimento mútuo entre ambas”, avalia Tatiana.