Dez dicas essenciais para usar – bem – o LinkedIn e arranjar novo emprego

A rede social profissional já gera empregos em um ritmo cada vez mais acelerado. Veja dicas de uma especialista para fazer o melhor uso possível dela

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – Com taxas de desemprego chegando a 8,3% no segundo trimestre desse ano, não é mais novidade que a economia do Brasil está em desaceleração.

Ao mesmo tempo, a rede social LinkedIn é uma ferramenta conhecida por conectar redes de pessoas e páginas de empresas, facilitando, de um lado, a busca por vagas de empregos e do outro por profissionais qualificados a preenche-las. Neste momento em que há cada vez mais pessoas interessadas, é importante mostrar que você pode ser o profissional certo para a vaga que busca.

Tatiana Aoki, empreendedora especialista em mídias sociais na Aoki Media, que recentemente lançou o e-book Estratégias de LinkedIn, conversou com o InfoMoney e dá algumas dicas de como fortalecer seu perfil e buscar vagas com maior sucesso na rede social profissional.

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1. Perfil em inglês (só não vale mentir)

A internet traz possibilidades ilimitadas, e há mais vagas fora do Brasil do que dentro. Para Tatiana, é importante que todas as informações no seu perfil estejam tanto em português como em inglês. Isso, claro, se você realmente dominar a língua. “Não pode mentir também”, diz.

Mesmo que não esteja buscando vagas internacionais, a tradução é importante tanto para demonstrar que é capaz de trabalhar usando a língua quanto para fazer networking internacional: às vezes, um contato fora do país pode ser vital para sua carreira por aqui.

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2. Diga tudo sobre você

Além da experiência profissional, é importante adicionar ao seu perfil a formação acadêmica e os méritos que conquistou. “Coloque prêmios, destaques, cursos, seminários, tente retomar aquilo que você tem de positivo”, aconselha a empresária.

3. Menos é mais

Não deixe de informar sobre a sua experiência, mas sem exageros nos textos. “No sumário, não escreva muito, informe o que é importante”. Se estiver precisando de emprego, não tenha medo de escrever em seu perfil que está em busca de uma oportunidade. “Às vezes as pessoas têm vergonha, mas como é que o recrutador vai saber?”, questiona Tatiana. Para ela, faz muito mais sentido falar do desemprego no LinkedIn do que em outras redes sociais, como o Facebook. Escreva sua área e deixe claro que está no mercado.

4. Atenção à foto

No Brasil, a foto é um fator que conta muito nas buscas através do LinkedIn. “As pesquisas mostram que 30% dos brasileiros se importam muito com a foto de perfil. Você não pode usar uma foto mal feita ou então muito informal, tem que ser uma coisa mais séria que se enquadre no que você queira – se for trabalhar por exemplo com arte não tem tanto problema ser um pouco mais informal”, diz Tatiana.

5. Cultive a sua rede

Ainda que não esteja em busca de emprego, é importante manter a sua rede de contatos e relacionamento. “É a mesma coisa que a vida real, não é legal você só ir atrás de um amigo quando precisa de um favor”, diz Tatiana. “Nunca se sabe quando você vai precisar”.

Para ela, quem cultiva os contatos pode fugir inclusive da necessidade de pagar pelas funções extras da rede social: quando uma conta é premium, o usuário pode mandar mensagens individuais a pessoas que não estão na rede de contatos, mas um contato de segundo grau sempre pode ser feito. Quem cultiva relacionamentos consegue mais chances de contatos profissionais, mesmo que indiretamente.

6. Divulgue seu trabalho

Como a rede ainda não é muito usada, um conteúdo que você publique no status será potencialmente visto por todos da sua rede. Além disso, a especialista afirma que a rede ainda é muito séria, então há espaço para esse tipo de conteúdo. “Tudo o que você publica tem que ser relacionado a trabalho”, aconselha.

7. Entre em grupos

O LinkedIn possui grupos de discussão sobre temas específicos. A dica é: encontre os que mais se enquadrem na sua área e participe: publique seus trabalhos, converse e crie uma conexão com as pessoas que têm os mesmos interesses profissionais que você. “Peça para entrar nos grupos e interaja, porque as pessoas que estão lá normalmente são qualificadas”.

8. Seja espontâneo

Na internet, é importante que o conteúdo que você compartilha seja natural e condizente com o que ocorre à sua volta. “Se você for muito forçado ‘atenção, galera, compre isso’, não dá certo. Tem que ser mais natural, por exemplo, dentro de um grupo, com pessoas que se interessam pelo tema que você quer tratar, funciona melhor: não pode ser muito invasivo porque as pessoas percebem e não se interessam”. O ideal é encontrar pessoas que já estejam falando sobre o assunto do qual você quer tratar, e aí sim abordar seu tema.

9. Faça bom uso das recomendações

É comum que as primeiras pessoas a recomendarem seu trabalho no LinkedIn sejam seus amigos ou conhecidos de fora do âmbito profissional. Tome cuidado: “se a pessoa estiver querendo te contratar, pode ser que ela vá fuçar quem foi que te recomendou. Pode pegar mal se só houver uma recomendação, sei lá, do seu irmão”.

Pedir para recomendarem, pode ser um incômodo, mas a especialista afirma que, apesar de não achar muito legal, se estiver em busca por emprego, talvez seja uma solução válida.

10. Candidate-se

Já existem muitas vagas disponíveis no LinkedIn. É importante procurar, estar atendo a elas. Siga as páginas das empresas que interessam, eventualmente entre em contato – quando possível – com quem trabalhe nelas. “O legal das páginas de empresas é que dá para ver quem trabalha lá”, diz Tatiana. Procurar não custa nada e nunca é demais. A função de cadastrar o e-mail na rede social para receber atualizações de vagas de seu interesse pode ser uma mão na roda, mas não deixe de explorar os recursos por conta própria.

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney