Desigualdade entre homens e mulheres persiste, mesmo com os avanços conquistados

Estudo mostra que homens ainda estão mais focados no trabalho, enquanto mulheres se dividem entre maternidade, lar e carreira

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O papel de homens e mulheres na sociedade vem mudando a cada ano que passa. Nos últimos 20 anos, sobretudo, o Brasil passou por grandes mudanças em seus padrões sócio-econômicos, da família e de produção.

A redefinição dos papéis femininos ocorreu em todas as classes sociais e gerou um aumento da participação das mulheres no mundo do trabalho e da política. No entanto, há uma concentração feminina nos setores menos organizados da economia e na informalidade.

A mudança no papel feminino, porém, não foi acompanhada por uma transformação masculina: enquanto a grande maioria dos homens só se preocupa com o trabalho externo, em muitos casos a mulher é obrigada a conciliar maternidade, serviços domésticos e carreira.

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Divisão proporcional

De acordo com o estudo “Mulher e Trabalho”, da professora e pesquisadora da Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense, Hildete Pereira de Melo, menos de 30% dos homens em idade adulta fazem algum tipo de serviço doméstico.

De acordo com Hildete, a igualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho depende da divisão proporcional das tarefas domésticas: “A mulher não se fixa no mercado de trabalho nem ganha melhores salários, por conta da jornada dupla, às vezes tripla, que se vê obrigada a cumprir”.

Segundo o estudo, a renda média das mulheres é inferior à dos homens em todos os tipos de família. A desigualdade é uma realidade para todas as mulheres. Caso ela seja negra ou parda, ser mulher é quase sinônimo de ser pobre.

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Desemprego e Salários

De acordo com o levantamento do mês de janeiro do IBGE (Instituto Brasileiro De Geografia e Estatística), a maior parcela dos desocupados era composta por mulheres (54,7%).

A remuneração média das trabalhadoras, por sua vez, é menor que a dos homens: segundo dados do Seade/Dieese, em dezembro do ano passado as mulheres receberam, em média, R$ 829, enquanto os homens ganharam R$ 1.297.