Desigualdade de renda diminui no Brasil, revela BNDES

De acordo com banco, de 2003 a 2006 participação dos mais pobres cresceu 0,53% ao ano, contra 0,12% entre 1993 e 2002

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Os 50% mais pobres da população brasileira responderão por 15,1% do Produto Interno Bruto (PIB) do País até o final de 2006. Em 2002, essa mesma parcela da população detinha cerca de 13,2% das riquezas brasileiras, segundo estudo da Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), divulgado na última segunda-feira (05).

De acordo com o banco estatal, a melhoria na distribuição de renda no País já ocorre desde a década de 1990, mas foi apenas a partir de 2003 que esse ritmo acelerou. Daquele ano até o final de 2006, o BNDES espera que essa participação cresça 0,53% ao ano, contra a média de 0,12% verificada entre 1993 e 2002.

Segundo o presidente do BNDES, Demian Fiocca, esse crescimento se deve ao incremento do valor real do salário-mínimo e aos programas sociais que transferem renda, como o Bolsa-Família.

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“Programas de transferência direta são como uma terceira perna. Se educação é uma perna fundamental e saúde é outra, programas de transferência direta devem ser parte desse tripé”, declarou o presidente.

Salário mínimo diminui distâncias

Fiocca diz que o salário-mínimo registrou aumento de 5,9% ao ano entre 2003 e 2006, enquanto o Bolsa-Família chegou a 8,7 milhões de famílias até o final do ano passado – a intenção do governo federal é alcançar 11,2 milhões de famílias até o final deste ano.