Desemprego nas regiões metropolitanas cresce para 14,5% em fevereiro

Segundo o Seade/Dieese, a População Economicamente Ativa fechou o mês em 19,710 milhões de pessoas

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do País elevou-se, passando de 14,2% em janeiro para 14,5% da PEA (População Economicamente Ativa), que fechou o mês em 19,710 milhões de pessoas, em fevereiro.

De acordo com os dados da PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego) divulgados nesta quarta-feira (26) pela Fundação Seade e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos), no confronto com o mesmo mês do ano passado, houve queda de 14 pontos-base, uma vez que, no segundo mês de 2007, o desemprego atingiu 15,9%.

Desemprego por região

Na comparação mensal, a taxa de desemprego apresentou comportamento diferenciado nas regiões analisadas, tendo crescido em Salvador, Distrito Federal, Recife, Belo Horizonte e Porto Alegre. Em São Paulo houve estabilidade.

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Já em relação a fevereiro do ano passado, o índice diminuiu em todas as regiões, com destaque para Belo Horizonte e São Paulo, como é possível observar na tabela a seguir:

Taxa de Desemprego Total
Região Metropolitana Fevereiro 2007 Janeiro 2008 Fevereiro 2008
Distrito Federal 17,9% 16,9% 17,6%
Belo Horizonte 12,9% 11% 11,4%
Porto Alegre 12,3% 11,2% 11,3%
Recife 20,4% 18,2% 18,9%
Salvador 22,3% 19,8% 20,9%
São Paulo 15,3% 13,6% 13,6%
Total 15,9% 14,2% 14,5%

Fonte: Convênio Seade-Dieese, MTE/FAT e convênios regionais

Tipos de desemprego

A pesquisa revela também que, em fevereiro, o contingente de desocupados nas seis principais regiões metropolitanas registrou aumento de 1,8% de aumento frente ao mês anterior. No total, 2,853 milhões de pessoas estavam desempregadas, o que representa 6,5% a menos que no mesmo mês de 2007.

Considerando as diferentes formas de desocupação, nota-se que o nível de desemprego aberto, que representa o conjunto de pessoas sem ocupação à procura de trabalho, manteve-se praticamente estável na comparação mensal, com leve aumento de 0,1%, e caiu 3,6% na comparação anual.

O desemprego oculto por desalento – que inclui quem ficou sem trabalho e, depois de procurar emprego por muito tempo, acabou desistindo da busca – registrou alta de 10,1% em um mês e queda de 12,6% em um ano. O desemprego oculto pelo trabalho precário – que engloba as pessoas que possuem uma ocupação temporária, mas que estão procurando emprego – registrou alta (2,9%) na comparação mensal e queda de 11,3% na anual.

População ocupada

A população ocupada (PO) das áreas analisadas atingiu 16,856 milhões de pessoas no segundo mês do ano, o que mostra queda de 0,4% frente ao resultado de janeiro e avanço de 4,7% sobre fevereiro de 2007.

Na análise setorial, o segmento de Serviços aparece como o maior empregador, com 9,050 milhões de trabalhadores. Em contrapartida, a Construção Civil responde por apenas 936 mil empregados.

Quanto à inserção no mercado de trabalho, verifica-se que a maior parcela da população ocupada possui emprego com carteira assinada no setor privado (7,391 milhões). Em seguida, ficam os autônomos (3,157 milhões) e os trabalhadores do setor privado sem carteira assinada (1,899 milhão).