Desemprego nas regiões metropolitanas cai e fica em 14,6% em junho

Em relação a maio, houve ligeira queda de 1,4% na taxa de desemprego, e frente ao sexto mês de 2007, de 8,2%

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do País apresentou ligeira queda entre o quinto e o sexto mês de 2008, ficando em 14,6% da PEA (População Economicamente Ativa), que fechou junho em 19,903 milhões de pessoas.

De acordo com os dados da PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego), divulgados nesta quarta-feira (30) pela Fundação Seade e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), no confronto com junho do ano passado (15,9%), houve queda de 1,3 ponto percentual na taxa de desemprego.

Desemprego por região

Entre maio e junho, a taxa de desemprego subiu apenas em Recife (+0,5%). Belo Horizonte (-7,5%), Distrito Federal (-2,9%), Salvador (-1%), São Paulo (-1,4%) e Porto Alegre (-2,5%) registraram queda.

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Em relação ao sexto mês de 2007, o índice diminuiu também em cinco localidades, com destaque para Belo Horizonte (-22%) e Porto Alegre (-17,4%), como é possível observar na tabela a seguir:

Taxa de Desemprego Total
Região Metropolitana Junho 2007 Maio 2008 Junho 2008
Distrito Federal 18,1% 17,4% 16,9%
Belo Horizonte 12,7% 10,7% 9,9%
Porto Alegre 14,4% 12,2% 11,9%
Recife 20,5% 20,5% 20,6%
Salvador 22% 20,8% 20,6%
São Paulo 14,9% 14,1% 13,9%
Total 15,9% 14,8% 14,6%

Fonte: Convênio Seade-Dieese, MTE/FAT e convênios regionais

Tipos de desemprego

A pesquisa revela também que, em junho, o contingente de desocupados nas seis principais regiões metropolitanas do País registrou queda de 1,7% frente ao mês anterior. No total, 2,899 milhões de pessoas estavam desempregadas, o que representa 5,6% a menos que no mesmo mês de 2007.

Considerando as diferentes formas de desocupação, nota-se que o nível de desemprego aberto, que representa o conjunto de pessoas sem ocupação à procura de trabalho, teve queda de 2,6% na comparação mensal e de 6,4% na anual.

O desemprego oculto por desalento – que inclui quem ficou sem trabalho e, depois de procurar emprego por muito tempo, acabou desistindo da busca – registrou queda de 0,3%, em um mês, e permaneceu estável na comparação anual.

O desemprego oculto pelo trabalho precário – que engloba as pessoas que possuem uma ocupação temporária, mas que estão procurando emprego – subiu (+0,6%) na comparação mensal, mas caiu -5,5% no confronto anual.

População ocupada

A população ocupada (PO) das áreas analisadas atingiu 17,004 milhões de pessoas no sexto mês do ano, o que mostra aumento de 0,4%, frente ao resultado de maio, e de 4,7% sobre maio de 2007.

Na análise setorial, o segmento de Serviços aparece como o maior empregador, com 9,113 milhões de trabalhadores, seguido pelo Comércio (2,801 milhões). Em contrapartida, a Construção Civil responde por apenas 901 mil empregados.

Quanto à inserção no mercado de trabalho, verifica-se que a maior parcela da população ocupada possui emprego com carteira assinada no setor privado (7,490 milhões). Em seguida, ficam os autônomos (3,101 milhões) e os trabalhadores do setor público (1,919 milhão).