Desemprego mundial atinge 81,8 milhões de mulheres

Segundo dados da OIT, apesar disso, número de mulheres no mercado de trabalho nunca foi tão alto, de 1,2 bilhão - 41,37% dos empregados

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – As mulheres conquistaram espaço e nunca antes houve um número tão alto delas no mercado de trabalho mundial. No entanto, elas sofrem mais com empregos de baixa produtividade, recebem salário menores e ainda atingiram a maior taxa de desemprego, com 81,8 mulheres.

A conclusão faz parte do estudo “Tendências Mundiais do Emprego para as Mulheres 2007”, realizado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e divulgado nesta quinta-feira (08) devido ao Dia Internacional da Mulher. A pesquisa confirma que as desigualdades de gêneros contribuem para uma “feminização” da pobreza.

Mulheres trabalhadoras

A publicação confirma que, há dez anos, 42,9% das mulheres do mundo tinham emprego, ante 47,9% atuais, o que significa que a população de mulheres com trabalho subiu de 1,1 bilhão em 1996 para 1,2 bilhão em 2006.

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De acordo com o estudo, o número de mulheres que trabalha no ano passado representava 41,37% dos 2,9 bilhões de trabalhadores existentes em todo o mundo.

Apesar de o número de mulheres no mercado de trabalho nunca ter sido alcançado anteriormente, a pesquisa mostra que elas desanimaram. Isso porque a quantidade de mulheres que têm um emprego ou está procurando deixou de aumentar em determinadas regiões.

Retrato do mercado de trabalho

Segundo o diretor-geral da OIT, Juan Somavia, apesar dos progressos, ainda há muitas mulheres em trabalhos mal-remunerados. “Com freqüência na economia informal, sem suficiente proteção legal, com pouca ou nenhuma proteção social e com alto grau de insegurança”.

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A taxa de desemprego entre as mulheres foi de 6,6%, superior à dos homens (6,1%). O relatório destaca que 47,9% das mulheres que estão empregadas recebem remuneração e salários, o que representa melhora de 42,9% na comparação entre 1996 e 2006.

Na comparação entre os homens e as mulheres, enquanto apenas a metade das mulheres em idade para trabalhar (15 anos ou mais) realmente exerce alguma função, dentre os homens são sete a cada dez pessoas.

Conclusão

De acordo com o relatório, as desigualdades de gênero estão diminuindo, mas o avanço é lento.

“Os progressos mostrados neste relatório indicam que é possível gerar trabalho decente e produtivo para as mulheres. Mas isto significa que, além de colocar o emprego como uma prioridade das políticas econômicas e sociais, será necessário reconhecer que os desafios enfrentados pelas mulheres no mundo do trabalho requerem intervenções adequadas às suas necessidades específicas”.