Desemprego fica estável em abril, depois de três meses seguidos de crescimento

Segundo Dieese, de março para abril, foram criadas 52 mil vagas, mas 122 mil pessoas entraram no mercado de trabalho

Camila F. de Mendonça

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SÃO PAULO – A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou praticamente estável entre março e abril, após três meses consecutivos de crescimento, ficando em 15,3% da PEA (População Economicamente Ativa), frente aos 15,1% registrados no terceiro mês do ano.

De acordo com os dados da PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego), divulgados nesta quarta-feira (27) pela Fundação Seade e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), ainda na passagem entre março e abril, foram criadas 52 mil vagas, insuficiantes para empregar as 122 mil pessoas que entraram do mercado de trabalho.

Desemprego por região

Em abril, na análise regional, a taxa de desemprego apresentou pequenos acréscimos em todas as seis regiões metropolitanas, em relação a março.

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Belo Horizonte e Porto Alegre estão entre as cidades com maiores variações da taxa, de 10,2% para 10,8%, no primeiro caso, e de 11,7% para 12,1%, no segundo, como é possível observar na tabela a seguir:

Taxa de desemprego total
Região Metropolitana março 2009 abril 2009
Distrito Federal 17,2% 17,5%
Belo Horizonte 10,2% 10,8%
Porto Alegre 11,7% 12,1%
Recife 20,3% 20,7%
Salvador 20,1% 20,5%
São Paulo 14,9% 15%
Total 15,1% 15,3%

Fonte: Convênio Seade-Dieese,
MTE/FAT e convênios regionais

Tipos de desemprego

Considerando as diferentes formas de desocupação, nota-se que o nível de desemprego aberto, que representa o conjunto de pessoas sem ocupação à procura de trabalho, teve alta de 10,5% para 10,9% na comparação mensal.

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Já o desemprego oculto registrou queda, de 4,6% registrados em março para 4,4% em abril.

População ocupada

A população ocupada (PO) das áreas analisadas atingiu 17,016 milhões de pessoas em abril, o que mostra uma variação positiva de 0,3% em relação a março.

Na análise setorial, o segmento de Serviços aparece ainda como o maior empregador, com cerca de 9,328 milhões de pessoas atuando no setor no mês passado, seguido pelo Comércio, com 2,678 milhões de trabalhadores, e pela Indústria, com 2,518 milhões de empregados.

Os segmentos de Construção Civil e Outros foram os que mantiveram o menor número de pessoas ocupadas no quarto mês do ano, com 1,033 milhão e 1,459 milhão, respectivamente.