Desemprego entre os jovens cresce à medida que a renda familiar cai

Pesquisa mostra diferenças maiores de 100% entre desemprego nas famílias de menor e maior poder aquisitivo

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – As taxas de desemprego entre os jovens brasileiros, na faixa etária dos 16 aos 24 anos, acompanham o nível de renda destas pessoas: quanto mais pobres, maiores são as dificuldades para conseguir uma colocação no mercado de trabalho.

A dura realidade faz parte de um estudo divulgado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Ecônomicos) nesta segunda-feira (19).

Renda X trabalho

Pela pesquisa, quase sempre o desemprego entre os jovens mais pobres é mais que o dobro da taxa de desocupação dos mais ricos.

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O Dieese mostra, por exemplo, que a taxa de desemprego dos jovens de famílias de menor renda ficou em 58,5% em São Paulo, durante o ano de 2004. Para o grupo das famílias com maior renda, o mesmo indicador ficou em 22,1%.

A situação dos mais pobres se repete em todas as regiões metropolitanas estudadas: 66,1% de desempregados em Belo Horizonte; 58,7% em Porto Alegre; 66% em Recife e 67,1% em Salvador. Na outra ponta, para as famílias de renda mais elevada os números são mais favoráveis: 26,5%, 18,8%, 31,1% e 34,4%, respectivamente.

As classes mais privilegiadas têm, portanto, melhores condições de se preparar para o mercado de trabalho, estudando para competir pelas vagas oferecidas.

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No que se refere à participação dos jovens na PEA (População Economicamente Ativa), seja como empregados ou desempregados, o estudo aponta maior número de participantes pertencentes às classes mais abonadas: 79,2% dos jovens. Este percentual cai para 68% entre as famílias com renda menos elevada.