Desde a última reunião do Copom, depósito na poupança ganha consistência

Mesmo sem contar último dia de julho, captação líquida da poupança havia sido recorde em R$ 5,1 bilhões

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Mesmo sem contar o último dia do mês, quando normalmente os depósitos na poupança aumentam, devido ao pagamento dos salários, a captação líquida (depósitos menos saques) das cadernetas já apontaram a cifra recorde de R$ 5,1 bilhões em julho.

“Não me surpreenderia se a captação líquida do mês de julho se aproximar de R$ 7 bilhões, e isso em um mês de férias escolares”, afirmou o professor da Fucape e da FGV, Paulo César Coimbra.

Na quinta-feira (6), está prevista a divulgação dos dados do mês de julho da poupança pelo Banco Central. Levantamento feito até o dia 30 do mês mostra depósitos em R$ 83,3 bilhões e saques na ordem de R$ 78,2 bilhões.

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Cortes na Selic

De acordo com Coimbra, a volatilidade na captação líquida na poupança é grande, mas, desde a última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), as retiradas estão mais moderadas e os depósitos vêm ganhando consistência, ainda que aos poucos.

Em sua última reunião, no dia 22 de julho, o Copom optou por um corte de 50 pontos-base na taxa Selic, deixando-a no patamar de 8,75% ao ano – menor nível desde sua criação. A redução torna a poupança atraente frente a modalidades de investimento com risco semelhante, como os fundos de renda fixa.

“A questão da migração de recursos oriundos de alternativas de investimento com perfil de risco semelhante, sobretudo os fundos de investimento, passa por uma discussão mais ampla, em que devemos considerar a cobrança de alíquotas de impostos, que variam segundo as modalidades e que estão assegurando parte da inércia dos investidores dos fundos”, disse Coimbra.

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Ele afirmou que ainda é cedo para falar em uma tendência de migração para a poupança, já que é preciso considerar também que a Bolsa está retomando seu espaço.