Publicidade
SÃO PAULO – De janeiro de 1995 a fevereiro deste ano, moradores tiveram de arcar com um aumento de 208,74% no preço do condomínio. Nesse mesmo período, no entanto, a inflação oficial do País, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), não acompanhou o ritmo de aumento, ficando em 159,54%.
As informações foram divulgadas pela coordenadora do Índice de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina Nunes dos Santos. De acordo com a especialista, esses aumentos desproporcionais são uma resposta ao aumento do salário mínimo.
Principal gasto
“A mão-de-obra representa o principal gasto do conjunto”, explicou Eulina. “Além de ter de arcar com o aumento do pagamento, existem ainda os encargos, horas-extras, abono de férias, entre outros”, adicionou.
Masterclass
O Poder da Renda Fixa Turbo
Aprenda na prática como aumentar o seu patrimônio com rentabilidade, simplicidade e segurança (e ainda ganhe 02 presentes do InfoMoney)
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.
Só para se ter uma idéia, de 95 para o último reajuste, em abril 2006, o mínimo passou de R$ 100 para R$ 350. Em 2005, o aumento foi de 13,3%, enquanto o IPCA atingiu 5,69%. Já em 2006, quando o incremento autorizado foi de 7,6%, a inflação ficou em 3,14%.
Serviços públicos
“Outro ponto muito importante e que acumula um grande aumento são os serviços públicos de água e esgoto, além da energia elétrica”, explicou a coordenadora do IBGE. No mesmo período, os aumentos foram de, respectivamente, 336,60% e 415,58%.
De acordo com a Lello Condomínios, os gastos com água figuram no segundo lugar da lista de maiores despesas dos condomínios.
Continua depois da publicidade
Maior aumento
Eulina explicou que o maior reajuste no preço ocorreu em 95 (45,36%). O motivo, explicou, é que, nos anos anteriores, assim como o valor do aluguel, a taxa da moradia dos conjuntos habitacionais era congelada. Nesse mesmo ano, a inflação estava em 22,41%.