Depois da crise: como fica o profissional de RI na nova realidade?

"Em momentos de crise, esperamos um RI que não existe. Esperamos um super-homem", diz diretor da Talent Solution

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Com a crise, muitos investidores que até então vinham tendo ganhos no mercado de capitais começaram a presenciar perdas. Suas ações perderam valor e liquidez. A imagem das empresas brasileiras de capital aberto começou a ser deteriorada. Iniciava-se uma fase de desafios para os profissionais de RI (Relação com Investidores). E o que as empresas fizeram?

Na segunda-feira (22), o IBRI (Instituto Brasileiro de Relação com Investidores) e a Abrasca (Associação Brasileira de Companhias Abertas) realizaram um painel sobre “O RI na Nova Realidade”, durante o Encontro Nacional de RI e Mercado de Capitais. Na ocasião, diversos executivos de RI destacam o que as empresas têm feito em relação à área de relação com investidores diante da crise.

Reestruturação

O diretor executivo e RI da Eternit, Élio Antonio Martins, destacou algumas iniciativas que a empresa tomou para superar a crise: “reestruturação da área de RI, assessoria de imprensa estratégica, criação do programa portas abertas e a criação de programa de excelência em gestão com foco na sustentabilidade e em ações socioambientais”.

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A grande lição dessa crise para a área de RI, de acordo com o executivo, foi a de que, com transparência, há grande adesão dos investidores e das pessoas em geral.

Presença

O diretor de RI da TAM, Líbano Miranda Barroso, afirmou que falar da crise envolve tratar das expectativas de investidores e analistas, daí a importância de o RI marcar presença. “Na TAM, aumentamos a frequência do contato com os investidores”, ressaltou.

Já o diretor executivo da Drogasil, Cláudio Roberto Ely, disse que a relação entre cenários de crise a o RI envolve zelar por uma comunicação igualitária.

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Super-homem

O diretor executivo da CPFL Energia, Wilson Ferreira Júnior, por sua vez, afirmou que as crises trazem mudanças profundas nas expectativas, principalmente com relação à capacidade de gerar resultados futuros. Nesse contexto, o RI tem um papel promissor.

A ideia foi completada pelo diretor da Talent Solution, Gerson Roberto Corrêa: “Em momentos de crise, esperamos um profissional de RI que não existe. Esperamos que eles sejam super-homens”, declarou.