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SÃO PAULO – Governo aprova aumento de 40% no salário mínimo. Se fosse no Brasil, esta frase poderia causar calafrios nos ministros da Fazenda e do Planejamento. No entanto, a afirmação acima vale para os EUA, onde uma elevação no pagamento não preocupa tanto o setor público, mas principalmente as empresas.
A reivindicação de aumento é do Partido Democrata, que acaba de conquistar maioria na Câmara e no Senado norte-americano. O partido tenta em vão, desde 1998, elevar o salário mínimo dos US$ 5,15 atuais para US$ 7,25 por hora. O pagamento mínimo não é reajustado há 10 anos e, em junho deste ano, o Senado, de maioria republicana vetou o aumento pela décima primeira vez consecutiva.
Vetar o aumento pode abalar ainda mais o presidente
No entanto, a mudança na configuração do poder norte-americano após as eleições legislativas de novembro, pode fazer com que Bush encontre-se em um beco sem saída.
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A popularidade do presidente já anda prejudicada devido ao fracasso das operações no Iraque e um veto na questão do salário mínimo não seria uma boa manobra para um presidente já muito questionado pelos cidadãos.
Bush aceita negociar, mas com ressalvas
Logo no primeiro dia após as eleições, o presidente já declarou que poderá achar uma saída comum com os democratas para elevar o salário, mas que para isso, propõe que sejam concedidos incentivos fiscais para as pequenas empresas, o que poderia amenizar parte dos custos dos maiores salários.
No entanto, a proposta democrata é de apenas aumentar em 40% o salário mínimo, sem aliviar impostos para empresas. Os democratas já possuem os votos e, a atual líder da minoria no Congresso, Nancy Pelosi, promete agir já nas primeiras 100 horas após assumir a direção da casa no dia 3 de janeiro.
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Segundo os democratas, os trabalhadores que recebem apenas o salário mínimo recebem US$ 10.700 por ano, quase US$ 6.000 abaixo da linha de pobreza para uma família de três pessoas.