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SÃO PAULO – No oitavo mês do ano, muitas pessoas já começam a planejar o recebimento do tão aguardado décimo terceiro salário. Parece longe? Para quem ganha a quantia e não vê a hora de quitar algumas dívidas, pode ser…mas, para os empresários, que arcam com o referido pagamento, os dias parecem voar.
Ainda dá tempo
Se este é o seu caso, planeje-se! Para diminuir os efeitos dessa despesa no fim do ano, o ideal é que você faça, mensalmente, uma provisão. Assim, nas datas de pagamento, você já terá suas reservas garantidas.
O recomendado é que o empresário programe essa provisão desde o início do ano. Porém, como nem sempre isso é possível, pois os compromissos são muitos, ainda dá tempo de se organizar e iniciar esse processo rapidamente.
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Quanto antes, melhor
Segundo o consultor de finanças do Sebrae-SP, Ari Antônio Rosolem, quanto antes o empresário começar a fazer as provisões, recomendadas tanto para o pagamento do 13º salário quanto das férias de cada funcionário, maiores as chances de conseguir fechar o ano de forma um pouco mais equilibrada.
O consultor recomenda que o empresário separe, mensalmente, pelo menos 1/12 do valor das férias (mais um terço) e do abono dos empregados.
Pense nessas despesas, ao formatar seu preço
Rosolem destaca ainda outro ponto que considera fundamental: o empresário deve embutir esses custos na formação do preço de venda, independentemente do setor em que atua.
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“Boa parte das micro e pequenas empresas não sabem como formatar seus preços, e as despesas com 13º salário e férias precisam estar nessa composição”, esclarece.
Programe seu fluxo de caixa
O consultor orienta um terceiro passo: programar também o fluxo de caixa com antecedência. O caixa deve ser programado para que a empresa possa, no caso do décimo terceiro, liberar os recursos dentro do que exige a lei, ou seja, pagar a primeira parcela até o dia 30 de novembro e a segunda até o dia 20 de dezembro.
O mesmo vale para o pagamento das férias, que deve ser programado de acordo com o cronograma estabelecido para as férias dos funcionários.
Nessa altura, reserva deve ser maior
Para quem não fez o planejamento, ainda há tempo para recuperar o tempo perdido sem comprometer a saúde financeira da empresa. Porém, o esforço será maior. Segundo o diretor executivo Reinaldo Domingos, da consultoria Financeiro 24 horas.com, em entrevista à Agência Sebrae, se, no começo do ano, o empresário precisava separar 1/12 dos valores extras (abono e férias) mensalmente, agora, terá que reservar 2/12.
O executivo destaca também a dificuldade de repassar agora esses gastos ao custo final do produto, pois o impacto nos preços será sentido pela clientela, havendo risco de perda das vendas.