De galho em galho: disfarçar, ou não, o pouco tempo que trabalhou nas empresas?

De acordo com consultora de RH, disfarçar no currículo o pouco tempo não é agir de má-fé, mas evitar pré-conceitos

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – O mercado não enxerga com bons olhos quem fica pouco tempo nas empresas em que trabalha. “Pular de galho em galho”, como é denominada a prática, denota instabilidade e falta de compromisso com a organização. Por isso, quem tem um currículo repleto de empresas, mas com pouco tempo de atuação em cada uma delas, deve contornar a situação!

De que maneira? De acordo com a consultora de RH (Recursos Humanos) da Catho Online, Gláucia Santos, é importante disfarçar. “Coloque, ao invés de mês e ano de atuação na empresa, apenas os anos em que entrou e saiu, como 2006/2007, 2007/2008 e 2008 em diante, que é a forma mais viável de omitir o curto tempo”.

Agora, se o profissional passou por diversas experiências, lembre-se sempre de que é importante colocar apenas as relevantes para ocupar a vaga que deseja.

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Chances de contato

Segundo explicou Gláucia, o ato de disfarçar o pouco tempo que trabalhou nas empresas não é agir de má-fé. “A pessoa não pode mentir na informação, mas, no currículo, você tem que evitar pré-conceitos, que podem fazer com que você não seja contatado pelo selecionador”, explicou a consultora de RH.

Justificativas

Para quem trabalha como freelancer ou com projetos, é justificável o pouco tempo dentro de uma empresa. Isso porque a pessoa prestou o serviço, ganhou por ele, mas depois de acabado, corta relações com a companhia. Normalmente, o contrato de trabalho já prevê isto. Em contraposição, qualquer outro motivo para ficar pouco tempo nas empresas não é bem aceito.

“Porque a justificativa da pessoa para o pouco tempo normalmente está ligada a fatores que ela poderia ter analisado antes da contratação, como não gostar do horário de trabalho ou da localização da empresa”, disse Gláucia, que ainda afirmou que outros motivos apontados, como a não adaptação ao ambiente de trabalho, também têm conotação negativa.

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Exatamente por isso é que, quando o pouco tempo não puder ser disfarçado, a pessoa deve, se questionada pelo selecionador, explicar rapidamente a situação e logo ressaltar o interesse em trabalhar na empresa. “Porque o receio da empresa é de que a pessoa vai entrar e sair”

Empregos passageiros

Conforme explicou Gláucia, o principal ponto negativo de ficar pouco tempo nas empresas é mostrar falta de comprometimento. “A pessoa só pensa no crescimento próprio”. Por isso, não consegue realizar os projetos da companhia e não se desenvolve.

Questionada sobre o que é um curto prazo nas empresas, a consultora afirmou ser de seis meses. Um médio prazo é a partir de dois, três anos, quando a pessoa teve a possibilidade de desenvolver e sugerir propostas. O longo prazo é aquele acima de oito anos, que, para não ter uma visão negativa do mercado, deve ser regado de promoções.