Currículo em inglês: quando o candidato deve encaminhar essa versão?

Especialistas sugerem: na dúvida, mande em português e em inglês; em posições mais seniores, o inglês é mais adequado

Viviam Klanfer Nunes

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SÃO PAULO – O mundo está cada vez mais globalizado e, no Brasil, isso representa, por exemplo, maior presença de empresas estrangeiras. Trabalhar em uma multinacional indica que o inglês será um grande diferencial. Mas, na hora de mandar seu currículo, será que é necessário enviá-lo em inglês?

Muitos profissionais se questionam quando é melhor enviar um currículo em inglês, e a consultora sênior da DMRH, Naamisis Campos, explica que “quando for para trabalhar no Brasil, a versão em inglês deve ser enviada no caso de uma oportunidade em que se terá muita relação com a matriz”.

Na prática, se você sabe que determinada vaga vai exigir grande contato com a sede da empresa no país estrangeiro, mande o currículo em inglês. Mas, se estiver interessado em uma vaga em uma multinacional, mas não sabe se terá muito contato com a matriz, você pode mandar uma versão em português e uma em inglês.

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Na dúvida: os dois
Essa sugestão vale para todas as ocasiões em que o profissional estiver na dúvida. “Na dúvida, a melhor opção é mandar as duas versões, mesmo porque ele pode mandar para um profissional de Recursos Humanos que não saiba inglês”, diz diretor-geral da Trabalhando.com, Renato Grinberg.

Então, se a vaga exige inglês fluente ou avançado e é uma multinacional, vale mandar as duas versões. Mesmo no caso das empresas nacionais é interessante mandar uma versão em inglês, já que as empresas estão cada vez mais interagindo com organizações espalhadas por todas as partes do mundo, o que possivelmente vai exigir que você utilize seu inglês.

Ainda, dependendo do cargo que você almeja, o fato da empresa ser ou não multinacional não vai ser muito relevante, e a versão em inglês será importante. Para cargos mais seniores, um currículo em inglês é mais adequado. Já para posições mais juniores ou mesmo média gerência, o candidato deve avaliar se cabe um currículo em inglês.

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Sobre essa versão traduzida do seu currículo, Grinberg ainda sugere que o candidato peça para um profissional mais experiente rever o que foi feito. “Nem sempre a simples tradução da versão em português dá o mesmo resultado”, diz.

Por fim, sendo em inglês ou não, o currículo tem que mostrar resultados. Grinberg explica que os profissionais devem se preocupar, acima de tudo, em colocar os resultados que obteve nos cargos anteriores, evitando simplesmente descrever o que fazia. “90% dos erros que encontramos nos currículos são de candidatos que descrevem suas funções; as empresas querem saber dos resultados”, afirma Grinberg.