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SÃO PAULO – A headhunter e sócia da Search Consultoria em Recursos Humanos, Ilana Lissker, conta que já viu muita gente se supervalorizando em entrevistas de emprego. “Geralmente, ocorre com pessoas menos experientes no mercado, que procuram posições melhores. Executivos da alta gerência são mais experientes, por isso já sabem que não devem exagerar nos contos, sabem como se comportar”, diz.
Na ânsia de fazer o marketing pessoal, os profissionais contam coisas que não são totalmente verídicas na entrevista de emprego. O problema é que o responsável pela área de recursos humanos consegue identificar quando alguém está mentindo ou exagerando.
“Em alguns casos, percebemos que o profissional não realizou tudo aquilo que está dizendo, que está se supervalorizando”, garante Ilana. “Profissionais de RH têm o olhar treinado para diferenciar as mentiras das verdades. Por exemplo, existe o recurso de perguntar várias vezes a mesma coisa, mas de maneiras diferentes. Além disso, é possível pedir referência das empresas pelas quais o candidato passou”.
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Conduta de quem seleciona
Ilana afirma que quem se supervaloriza é cortado dos processos seletivos. “A não ser que o profissional seja muito bom e notamos que ele exagera um pouco porque um dia ouviu alguém dizer que o marketing pessoal é importante. Nesse caso, não cortamos ele do processo, mas damos um feedback, isto é, avisamos que não é legal se supervalorizar, orientando-o para a entrevista direta com o futuro gestor ou para outras entrevistas, de outras empresas”.
A recomendação da headhunter é sempre contar a verdade, ser sincero. “Às vezes, o candidato fez coisas pequenas, mas que podem ter um valor grande. Às vezes, ele não teve oportunidade de realizar grandes feitos, mas demonstra capacidade para tal”.