Crise não prejudicou remuneração de profissionais, revela pesquisa

Em 12 meses findos em maio, os aumentos salariais foram superiores à inflação em aproximadamente 1%

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Pesquisa realizada pela Watson Wyatt revelou que o cenário de remuneração não se deteriorou no Brasil em meio à crise, o que pode ser comprovado pelo fato de não ter havido estagnação do mercado nem grande perda no poder de compra dos profissionais.

De acordo com os dados, nos últimos 12 meses, os aumentos salariais foram superiores à inflação em aproximadamente 1%, enquanto os bônus pagos pelas empresas ficaram próximos à meta e todas as políticas de benefícios aos colaboradores foram mantidas.

A 7ª Pesquisa de Remuneração Total foi realizada em maio deste ano com 300 mil profissionais de todos os níveis hierárquicos, desde o menor cargo administrativo até o diretor executivo. Foram contatadas 234 empresas, sendo que 59% delas têm sede em São Paulo e 30%, no Rio de Janeiro. Em 41% dos casos, o capital é europeu.

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Remunerações

Em 12 meses terminados em maio, data-base da pesquisa, a média de reajustes salarias ficou em 6,75%, contra uma inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de 5,8%. Entre aqueles que mudaram de posição, o aumento salarial foi ainda maior.

O salário-base dos cargos foi mantido, na comparação com 2008 e, naqueles em que houve reajuste por acordo coletivo, o aumento ficou acima da inflação em torno de 1,5% a 2%. Quando analisados os próximos reajustes, apenas 8% dos entrevistados disseram acreditar que haverá reposição parcial da inflação. O restante citou reajuste pleno ou acima da inflação.

As empresas estimam um aumento entre 6,1% e 8% da folha de pagamento no próximo ano, considerando acordos coletivos, méritos, enquadramentos e promoções.

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Executivos

Os dados da pesquisa mostraram que 16,7% das empresas pesquisadas não concederam nenhum tipo de reajuste salarial nos últimos 12 meses aos executivos, evidenciando os efeitos da crise na remuneração nos cargos mais altos.

Por outro lado, 57,6% deram aumento por mérito. Destacando-se o seleto grupo dos executivos que foram promovidos para posições superiores (14%), os aumentos salariais foram em média de 22%.

Entre os executivos que têm reajuste salarial por conta de acordos coletivos (53,4%), o aumento em 12 meses foi de 5,56%.