Crise faz remuneração variável focar longo prazo

Antes da turbulência, empresas remuneravam mais o resultado imediato, sem nenhuma segurança quanto ao desempenho futuro

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Os programas de remuneração variável dentro das companhias passaram por modificações por conta da crise econômica mundial. Se, antes da turbulência, o foco era no curto prazo, agora as empresas querem analisar o longo prazo.

De acordo com o consultor sênior da área de Capital Humano da Mercer, Joaquim Patto, o resultado imediato era premiado, sem nenhuma segurança de que o resultado futuro fosse atingido. “Na nossa percepção, vai haver uma migração de parte da remuneração variável de curto prazo para a remuneração variável de longo prazo”, afirmou.

No caso da remuneração de longo prazo, as ações devem dividir espaço com outras modalidades, já que as bolsas de valores de todo o mundo não mostraram bons resultados no decorrer da crise.

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“O processo dominante de remuneração variável no mundo todo é baseado em modelos de ações, mas em função da crise econômica, da volatilidade das bolsas, as empresas estão preferindo adotar algumas ferramentas desvinculadas do valor das ações, que são os bônus de longo prazo ou bônus deferidos, que são corrigidos por algum indicador que não tenha nenhuma relação com o valor da ação na Bolsa”, disse Patto.

Crescimento

Antes da crise, a remuneração variável estava crescendo no Brasil. As empresas estavam aumentando os valores das suas políticas de bônus e, além disso, o resultado estava positivo, segundo contou o consultor Sênior na área de Capital Humano, Fabiano Cardoso. Depois da turbulência, isso não deve mudar, apesar de alterações no perfil destes benefícios.

“A grande tendência de quem não tem é de fazer alguma coisa neste sentido. Mais da metade das empresas que não tem planeja fazer alguma coisa, ou um bônus de longo prazo ou de stock options mesmo”, destacou Cardoso.