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SÃO PAULO – Levantamento realizado pela Robert Half detectou os erros mais comuns dos gestores em relação ao clima organizacional e à retenção de talentos, num momento de turbulência econômica, bem como qual a melhor forma de evitá-los.
De acordo com a consultoria, comunicar-se ativamente com os funcionários e tomar decisões estratégicas para o recrutamento são fundamentais em qualquer ambiente corporativo, principalmente num momento de crise.
A maneira como a empresa tratará seus profissionais, ou o gestor lidará com os membros da equipe, determinará, em grande parte, o sucesso ao sair da “tempestade”.
Dez erros, e soluções
Confira abaixo quais foram os dez erros relacionados ao clima organizacional e à retenção de talentos apontados pela Robert Half:
- Pensar que o funcionário não sabe lidar com a verdade: é importante falar sobre a retração dos negócios, o que ajudará as pessoas a se sentirem com algum controle sobre a situação. Explore a questão em reuniões ou em sessões de brainstorming (reunião realizada para debate de ideias) de menor porte. Além das sugestões, você ainda contará com profissionais que se sentem mais participativos;
- Culpar os gestores superiores: nunca diga que teria feito as coisas de maneira diferente e que as escolhas não foram suas. Por mais que seja verdade, a atitude levará a equipe a pensar que você não está em sintonia com a empresa. Ao contrário disso, apresente as mudanças e os motivos por trás delas, incluindo o modo como ajudarão sua empresa a encarar os desafios;
- Achar que as pessoas têm sorte por estarem empregadas: embora possa ser verdade, em determinados casos, é bom lembrar-se de que funcionários mais talentosos têm opções. Bons profissionais encontram oportunidades em qualquer situação econômica;
- Não procurar por fontes externas: em momentos de crise, as pessoas ficam preocupadas com seus planos de previdência ou sobre como investir seu dinheiro. Se a empresa não tem todas as respostas, deve contar com a ajuda de outros profissionais especialistas no assunto;
- Não divulgar as contribuições da empresa: mostrar ao profissional quanto a empresa investe pode ser particularmente importante para conscientizá-los de que, quando o custo de vida está aumentando, os custos para manter os benefícios também estão crescendo. Assim, eles saberão que não carregam esse fardo sozinhos;
- Reduzir a autonomia e o trabalho de equipe: reduzir as colaborações e tomar suas próprias decisões poderão produzir efeitos negativos, especialmente entre a geração Y, que valoriza muito a autonomia e a capacidade de trabalhar em equipe. Por isso, quando os indicadores econômicos derem sinais de fraqueza, nada de ser autoritário com o intuito de reaver lucros;
- Eliminar incentivos: o corte de prêmios pode não ser a melhor saída para controlar o orçamento. Em vez disso, opte por incentivos de baixo ou nenhum custo, como um convite para uma exposição de arte, uma tarde de descanso, elogios durante uma reunião. Essas são formas baratas de mostrar satisfação;
- Presumir que todas as pessoas são iguais: nem todas as pessoas respondem da mesma forma aos incentivos. Por isso, é bom individualizar essa questão, reunindo-se com o profissional e questionando sobre o que ele acha de seu próprio trabalho. Trace metas para ele, mesmo que não possa assumir compromissos;
- Pensar no curto prazo ao fazer cortes: não é indicado demitir no “conta-gotas”, o que pode desestimular a equipe e fazer predominar o questionamento “será que o próximo sou eu?”
- Ignorar o principal propósito: conheça quais são os maiores propósitos da sua empresa e certifique-se de que sua equipe também os conhece.