Crescimento dos condomínios estimula a profissionalização dos síndicos

No Dia do Síndico, comemorado nesta terça (30), pesquisa do Secovi-SP revela perfil da nova geração, jovem e preparada

Camila F. de Mendonça

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SÃO PAULO – Com o crescimento da estrutura dos condomínios, a figura do administrador predial também mudou. Foi-se o tempo em que síndico era a pessoa vista como aquela que nada mais tinha com o que se preocupar. Levantamento realizado pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo) aponta para uma profissionalização da tarefa.

“Donas de casa e aposentados ocupam cada vez menos espaço na liderança dos condomínios, assim como a profissionalização da função é uma tendência confirmada pela pesquisa”, afirmou o vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do sindicato, Hubert Gebara.

De acordo com o sindicato, o crescimento dos condomínios é o principal motivo para a profissionalização do síndico. Muitos possuem áreas de lazer e serviços e misturam prédios residenciais com comerciais – tornando cada vez mais obrigatórios alguns conhecimentos por parte do síndico.

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“Os próprios condôminos exigem do síndico conhecimento de tarefas que estão presentes no cotidiano dos conjuntos”, disse Gebara, por meio de nota. Diante de tantas mudanças e aproveitando o Dia do Síndico, comemorado nesta terça-feira (30), a pesquisa revela o novo perfil do síndico.

Jovens e preparados
Segundo o levantamento do Secovi-SP, 74% dos síndicos de prédios residenciais possuem entre 30 e 60 anos de idade e 26% têm mais de 60 anos. Considerando os prédios comerciais, 86% dos síndicos têm idade entre 31 e 60 anos.

“Percebemos que, nos últimos anos, os síndicos estão cada vez mais jovens e também mais preparados, no sentido de conhecer a legislação, os mecanismos de administração”, afirmou Gebara.

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Estar atento às novas tecnologias, aos novos conceitos de sustentabilidade e estar presente no cotidiano dos condomínios são as principais características dessa nova geração de síndicos. Muitos até são graduados: 50% têm curso superior e outros 10% fizeram pós-graduação, mestrado ou mesmo doutorado, considerando os condomínios residenciais.

Nos prédios comerciais, a proporção de graduados é ainda maior: 51% possuem curso superior e 18%, pós-graduação, mestrado ou doutorado.

A pesquisa ainda mostra que 26% dos síndicos de prédios residenciais e 32% dos comerciais não recebem qualquer tipo de remuneração pelo trabalho que exercem.

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O levantamento foi realizado em 1.011 condomínios residenciais e 160 comerciais na capital paulista e em 18 cidades do estado de São Paulo.