Cresce participação das mulheres em cargos de chefia

Pesquisa realizada pela Catho mostrou que representatividade passou de 10,39% em 1996 para 21,43% este ano

Flávia Furlan Nunes

Publicidade

SÃO PAULO – Pesquisa realizada pela Catho com 89.075 empresas mostrou que a participação das mulheres em cargos de chefia (presidência ou diretoria executiva) tem crescido: em 1996/1997, elas representavam 10,39% do total. O índice atual é de 21,43%.

Na vice-presidência das empresas, por sua vez, elas passaram de uma representatividade de 10,82% em 1996/1997 para 17,47% nos dias de hoje. Entre os diretores, o avanço foi de 11,60% para 26,29% no período em questão.

A pesquisa revela que, quanto menor o nível hierárquico, maior a participação feminina. Para se ter uma ideia, entre os coordenadores, elas representavam 36,95% do total em 1996/1997, enquanto que, este ano, passaram a 55,67%. Elas também são maioria entre os encarregados (55,58%).

Oferta Exclusiva para Novos Clientes

Jaqueta XP NFL

Garanta em 3 passos a sua jaqueta e vista a emoção do futebol americano

Área de atuação

Os dados ainda mostraram as áreas de atuação preferidas das mulheres. Em primeiro lugar ficou a de Recursos Humanos, seguida de Relações Públicas e a Administrativa, de acordo com a tabela abaixo:

Área de atuação 2008 2009
Recursos Humanos 69,78% 72,23%
Relações Públicas 60,53% 61,55%
Administrativa 49,18% 51,67%
Jurídica 44,15% 45,83%
Comercial 32,96% 34,39%
Suprimentos/Compras 25,97% 27,14%
Industrial/Engenharia 16,46% 17,71%
Tecnologia 16,06% 16,14%

Fonte: Catho

Formação

Além de cargos altos nas empresas, as mulheres ainda estão conquistando espaço nas salas de aula. Dados da FGV (Fundação Getulio Vargas) mostram um aumento da participação feminina em suas turmas de pós-graduação e MBAs: de 35% no primeiro semestre de 2008 para 40% em período equivalente deste ano.

Continua depois da publicidade

“O aumento do grau de escolaridade da mulher é uma realidade nos dias de hoje. A participação em atividades antes só buscadas por homens só vem aumentando”, avalia a professora da FGV, Ana Maria Reis. “Não percebo mais tanta discriminação de sexo no mercado de trabalho. Ao contrário, as empresas estão se estruturando no sentido de identificar as competências necessárias para a ocupação de seus cargos, independentemente de sexo“.