Cresce o número de vistos de trabalho para estrangeiros no setor de petróleo

Segundo o MTE, do total de 11.530 autorizações concedidas no primeiro trimestre deste ano, 4.977 foram destinadas ao setor

Camila F. de Mendonça

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SÃO PAULO – Nos primeiros três meses deste ano, o Ministério do Trabalho e Emprego já concedeu 11.530 autorizações para que profissionais estrangeiros trabalhassem no Brasil. Desse total, 94% das autorizações são temporárias, com estadia de até dois anos no País.

Somente para o setor de petróleo e gás, 4.977 autorizações temporárias foram concedidas nesse período. “Como o setor tem tido crescimento exponencial, é cada vez maior a presença de embarcações e plataformas estrangeiras, o que gera aumento no número de autorizações concedidas”, disse, por meio de nota, o coordenador-geral de Imigração do Ministério, Paulo Sérgio de Almeida.

A concentração das autorizações no setor reflete na distribuição por Unidade Federativa: o Rio de Janeiro, maior produtor de petróleo do Brasil, lidera o número de autorizações. No período, 6.879 autorizações, independentemente da área, foram para o estado.

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Origem
Dentre os profissionais com visto para trabalhar no País, estão os norte-americanos, com 1.608 autorizações, seguidos dos profissionais do Reino Unido, com 1.119 vistos, e Filipinas, com 1.806 autorizações temporárias concedidas.

Segundo o ministério, norte-americanos e europeus formam um contingente de mão-de-obra com qualificação específica, enquanto filipinos são em maior parte tripulantes em navios e plataformas do setor.

Crescimento econômico
Para o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, o crescimento econômico é um dos motivos que levaram ao aumento do número de permissões de trabalho para o setor de petróleo e gás.

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De acordo com Lupi, a economia mais forte estimula os investimentos em grandes projetos nas áreas industriais, de energia, e principalmente no setor de petróleo e gás, até ampliações de indústrias, compra de máquinas e equipamentos importados. Esse cenário, para o ministro, demanda a presença de profissionais estrangeiros para a supervisão de sua instalação e início de operação.

Lupi ainda ressalta que o fato de o número de autorizações ter crescido de um ano para o outro não implica prejuízo aos brasileiros. “Esses profissionais não competem com os trabalhadores brasileiros e muito menos retiram seus empregos. Ao contrário, trazem novos conhecimentos e experiências complementares, permanecem temporariamente no Brasil e ajudam a implantar projetos que geram empregos para os brasileiros”, disse o ministro. 

Visto permanente
No primeiro trimestre, o ministério concedeu apenas 603 autorizações permanentes. Apenas diretores de empresas e estrangeiros que aplicam recursos em atividades produtivas no Brasil podem conseguir a autorização permanente, de acordo com a legislação vigente.

“A maioria dos profissionais que conseguem esse tipo de autorização são diretores e executivos com poder de gestão que vêm ao Brasil trabalhar em filiais de empresas estrangeiras e aqui se estabelecem”, explica o coordenador-geral de Imigração do Ministério.