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Contratação de temporários pode ‘salvar’ o ano do varejo

A CNC projeta que 130,6 mil temporários serão admitidos neste fim de ano, ante 129,4 mil em 2013

Por  Estadão Conteúdo -

A contratação de temporários para o fim de ano pode tirar do vermelho o saldo da geração de postos de trabalho no comércio acumulado no 1º semestre. A Confederação Nacional do Comércio (CNC) projeta que 130,6 mil temporários serão admitidos neste fim de ano, ante 129,4 mil em 2013.

 

“O fator sazonal vai impedir que o emprego no comércio feche o ano com saldo líquido negativo na geração de vagas. Se o Natal fosse abolido, o comércio encerraria no vermelho”, diz o economista da CNC, Fábio Bentes, responsável pelas contas.

 

Para o presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, Ricardo Patah, o número de homologações que passam pelo sindicato atualmente só não é maior porque os varejistas estão no limiar das contratações para o fim de ano. Diante da queda nas vendas em julho, eles teriam argumentos para demitir mais. Mas enxergam a possibilidade de ampliar os negócios no fim do ano por questões sazonais e acabam segurando a mão de obra, explica o sindicalista.

 

Bentes, da CNC, observa que as vendas no comércio estão desacelerando ano a ano e reduzindo o grande descolamento do varejo em relação aos demais setores da economia que existiu anos atrás. No 1º semestre deste ano, as vendas do comércio ampliado devem ter avançado 2,3%, enquanto o crescimento no mesmo período de 2013 tinha sido de 3,6% e no 1º semestre de 2012, de 7,7%.

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Natal

 

Para o Natal, Bentes espera crescimento de 4% no volume de vendas e 0,9% no emprego temporário. Em 2012 e 2013, os números eram mais expressivos, com alta de 8,1% e 5,1% nas vendas e de 3,2% e de 2,1% nos temporários, respectivamente.

 

Bentes lembra que, entre setembro e novembro, o comércio sempre contrata muito e as vagas abertas nesse período respondem pela metade dos postos de trabalho gerados no ano. Pelas suas contas, se as projeções de temporários se confirmarem, entre admissões e demissões, o comércio terá em 2014 um saldo líquido de 99 mil postos, o pior resultado anual em pelo menos sete anos. “Tínhamos uma geração líquida anual de vagas no comércio acima 200 mil até 2012”, compara.

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Apesar da desaceleração do crescimento do emprego no comércio, Bentes ressalta que o nível de atividade do setor está melhor comparativamente ao de outros segmentos, o que permite ganho real de salário maior do que o restante da economia. Nas suas contas, no 1º semestre deste ano, o ganho médio do salário real do emprego com carteira assinada no comércio foi de 2,6%, ante 2,1% no mercado formal da economia como um todo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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