Contraproposta: confira as principais armadilhas da situação

Segundo levantamento, executivos brasileiros são os mais propensos a aceitar uma contraproposta

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SÃO PAULO – O cenário não é raro: insatisfeito com alguma situação no trabalho, o profissional pede demissão; contudo, aqueles que têm bom desempenho costumam receber uma contraproposta, o que faz surgir a dúvida: aceitar ou não?

De acordo com a especialista em recrutamento da Robert Half, Daniela Ribeiro, antes de aceitar uma contraproposta o profissional deve avaliar bem a situação. “Bons profissionais costumam receber uma contraproposta, com possibilidade de aumento de salário e até mesmo um novo cargo. E o que pode parecer atraente, vai se tornar, em curto e médio prazo, um obstáculo ao seu plano de carreira naquela empresa”.

Assim, para ajudar quem está em dúvida se aceita ou não o oferecimento da empresa, a especialista listou algumas armadilhas que tal situação pode esconder. Confira:

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Sem perdão! Ainda que tenha havido uma contraproposta, alguns gestores não estão dispostos a “perdoar” o fato de que o profissional pensou em aceitar uma oferta de outra empresa, ficando em dúvida acerca de seu comprometimento.

Na prática, explica Daniela, se a empresa passar por um momento de incerteza, o nome deste profissional poderá ser cogitado para eventuais demissões; bem como poderá ser desconsiderado para uma oportunidade futura.

Prazo de validade! Segundo a especialista, estudos realizados pela Robert Half mostram que funcionário que aceitam uma contraproposta costumam sair, voluntariamente ou não, depois de um ano. Isso porque as razões que o levaram a procurar um novo emprego ainda persistirão.

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Reputação manchada! Receber uma contraproposta, na maior parte dos casos, indica que o profissional está fazendo um bom trabalho. Entretanto, aceitá-la pode manchar a reputação deste colaborador, uma vez que a empresa que realizou o processo seletivo ficará sem entender o que aconteceu; enquanto que o gestor atual pode achar que a busca por uma nova oportunidade foi uma manobra para negociar salário e conseguir uma promoção.

Frustração! Outra situação que pode ocorrer com quem aceita uma contraproposta é a frustração. O problema ocorre devido ao fato de que muitas empresas fazem promessas de melhorias, que não se concretizam.

Brasil campeão
De acordo com levantamento realizado pela Robert Half com 1873 profissionais da área de recursos humanos de 16 países, incluindo o Brasil, os executivos brasileiros são os mais propensos a aceitar uma contraproposta (24%), seguido por Singapura (16%). A média global é de 8%.

O estudo aponta ainda que, nos últimos seis meses, o oferecimento de contrapropostas se tornou mais comum, com 39% das empresas do país recorrendo à prática. Mesmo assim, China e Singapura lideram o ranking de países com maior crescimento da ferramenta, com 68% e 58%, respectivamente.

Sobre as empresas que não costumam oferecer uma contraproposta, mundialmente, 29% das companhias não o fazem por não ser política da empresa; e 20% por não vislumbrarem futuro em um profissional cansado e insatisfeito.