Conta-salário, que valeria a partir desta terça-feira, seria vantajosa ao trabalhador

No entanto, regulamentação será em abril e, em alguns casos, em 2009. Segundo Idec, trabalhador é o mais prejudicado

Patricia Alves

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SÃO PAULO – De acordo com proposta inicial do ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciada em setembro do ano passado, todos os bancos deveriam aderir à conta-salário a partir desta terça-feira (02), primeiro dia útil do ano, permitindo que os trabalhadores optassem pela instituição que mais fosse conveniente à sua condição financeira.

No entanto, em meados de dezembro, o Banco Central anunciou, em reunião do Conselho Monetário Nacional, que o prazo para as instituições financeiras regulamentarem o serviço foi prorrogado para 2 de abril e, em alguns casos (como para contas abertas até 5 de setembro de 2006), para 2 de janeiro de 2009.

De acordo com o Idec – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor -, o adiamento só prejudica o trabalhador.

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Lucro dos bancos

Para o instituto, todo mês o trabalhador se depara com o mesmo problema: antes mesmo de sacar o salário, já deixou uma boa parte dele no banco para pagamento de taxa de manutenção, taxas de transações excedentes, uso do internet banking, transações em caixas eletrônicos, entre outras.

Segundo o Idec, com o adiamento da medida, o trabalhador continua refém da instituição escolhida pela empresa, já que para migrar o pagamento para outro banco vai pagar, mais uma vez, por outra taxa: a de transferência.

Segundo a proposta do governo, com a regulamentação da conta-salário, os funcionários poderiam transferir pagamento para o banco de sua preferência, sem nenhum custo. A medida, de acordo com o Idec, aumentaria a concorrência entre as instituições e traria benefícios ao consumidor, que poderia optar por aquela que fosse mais vantajosa para o bolso.