Consumidores se mantêm otimistas no segundo trimestre, revela CNI

Expectativa de queda da inflação, de redução do desemprego e de aumento da renda estimula consumidor a ir às compras

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – O consumidor se manteve otimista no segundo trimestre de 2006. Esta constatação é da CNI (Confederação Nacional da Indústria), que divulgou nesta sexta-feira (07), o Inec (Índice Nacional de Expectativa do Consumidor), referente aos meses de abril, maio e junho deste ano.

A sondagem toma por base a pontuação 100 como indicador de otimismo. O resultado apurado em junho foi de 104,8 pontos, praticamente o mesmo verificado em março (104,9 pontos) e 2,6% superior ao apurado entre os meses de abril a junho de 2005 (100,2 pontos).

População confiante

Segundo o economista Marcelo Azevedo, da Unidade de Política Econômica da CNI, o consumidor está animado, o que ajuda a impulsionar o crescimento da economia. Segundo ele, a expectativa de queda da inflação, de redução do desemprego e de aumento da renda estimula o consumidor a ir às compras.

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De acordo com o Inec, o indicador de intenção de compras alcançou 102,6 pontos em junho, o maior índice desde agosto de 1996. “Isso confirma que o aumento do consumo doméstico será um fator importante para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano”, diz Azevedo.

Embora menor, medo do desemprego existe

O medo de desemprego está diminuindo para o consumidor. O indicador aumentou pelo segundo trimestre consecutivo e alcançou 98,4 pontos (lembrando que o aumento no indicador indica queda no medo de desemprego). Na
comparação com o mesmo trimestre de 2005, o aumento é de 6,1%.

O indicador de expectativa de desemprego, que recuou para 116,0 pontos, confirma o otimismo
do consumidor. Porém, apesar da queda de 2,9% na comparação com março de 2006, o indicador ainda se encontra muito acima de sua média histórica (11,1% acima).

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Renda e inflação

A pesquisa mostra que as sucessivas quedas da inflação melhoraram a expectativa dos consumidores em relação à evolução dos preços. A parcela de entrevistados que aposta no aumento da inflação caiu de 54% em junho de 2005 para 40% em junho deste ano.

O indicador relativo à renda das pessoas em geral foi de 108,1 pontos no mês, um leve recuo (1%) na comparação com março de 2006. O indicador, entretanto, também denota otimismo: é superior não só ao valor de junho e 2005 (7,2%) como também à sua média histórica em cerca de 8%.

Da mesma forma, os consumidores estão otimistas quanto à evolução de sua própria renda. O indicador, de 105,2 pontos, manteve-se muito próximo ao valor de março (recuo de 1,4%). Destaca-se, contudo, que o valor é 2,6% superior ao registrado em junho de 2005 e 4,7% superior à média histórica da variável.

Ano “bom” para a maioria

Questionados sobre as perspectivas para 2006, 69% dos entrevistados responderam que o ano será “bom”. Outros 15%, ainda mais otimistas, definiram o período como “muito bom”. No sentido contrário, 11% optaram pela alternativa “muito ruim” e 4%, pela “ruim”.

Já em relação à “satisfação com a vida”, 69% se declararam “satisfeitos” e 6% “muito satisfeitos”. Do outro lado da balança, 22% se definiram “insatisfeitos” e 3% “muito insatisfeitos”.

Para a sondagem do Inec foram entrevistadas 2.002 pessoas pelo Brasil entre os dias 09 e 13 de junho.