Consumidores estão mais otimistas do que em 2005, revela pesquisa da CNI

Otimismo aumentou 2,9% no 1o trimestre deste ano; confiança na queda da inflação e mais emprego e renda são destaque

Waldeli Azevedo

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SÃO PAULO – O consumidor está mais otimista agora do que em todo o ano de 2005. Esta constatação é da CNI (Confederação Nacional da Indústria), que divulgou nesta terça-feira (21) o Inec (Índice Nacional de Expectativa do Consumidor), referente aos três primeiros meses de 2006.

A sondagem toma por base a pontuação 100 como indicador de otimismo. O resultado apurado neste primeiro trimestre foi de 104,9 pontos, 2,9% superior ao apurado entre os meses de outubro e dezembro de 2005 (101,9 pontos). Vale lembrar que, no terceiro trimestre do ano passado, o índice ficou abaixo da faixa de otimismo, totalizando 99 pontos.

Economia favorece

Segundo Flávio Castelo Branco, gerente executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, este otimismo verificado nos primeiros três meses do ano é resultado das condições favoráveis da economia. “As pessoas percebem que a inflação baixa ajuda a manter e até aumentar a renda”, afirma o economista.

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O especialista esclarece ainda que a recuperação do mercado de trabalho reduz o medo do desemprego, alimentando portanto as expectativas positivas da população.

Embora menor, medo do desemprego existe

Mesmo com o otimismo apontado pela pesquisa, o temor frente ao desemprego, embora menor, ainda existe entre os consumidores: 34% dos entrevistados responderam ter “muito medo” do problema, e 26% “um pouco de medo”.

Outros 30%, mais confiantes, não temem a questão, enquanto 10% declararam já estar desempregados. No total 60% dos entrevistados afirmam ter medo do desemprego, percentual que supera os 57% registrados no último trimestre do ano passado.

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Compras, renda e inflação

A maioria da população pesquisada afirma não acreditar em mudanças em sua renda. Esta foi a resposta dada por 49% dos entrevistados, contra 22% mais pessimistas, que acreditam numa redução do salário nos próximos seis meses. Para 29% mais otimistas, a renda deve aumentar.

Quanto à inflação, a situação fica praticamente empatada: enquanto 44% afirmam que ela deve aumentar nos próximos seis meses, outros 40% declaram que ela deve se manter. Uma parcela bem menor, mais otimista (16%) responde que a tendência é de redução na trajetória de preços.

Questionados sobre a intenção de compras para os próximos três meses, 53% dos entrevistados afirmaram que manterão o padrão atual; 26% disseram que irão comprar menos e 21% estão dispostos a consumir mais.

Ano “bom” para a maioria

Questionados sobre as perspectivas para 2006, 66% dos entrevistados responderam que o ano será “bom”. Outros 21%, ainda mais otimistas, definiram o período como “muito bom”. No sentido contrário, 3% optaram pela alternativa “muito ruim” e 10%, pela “ruim”.

Já em relação à “satisfação com a vida”, 66% se declararam “satisfeitos” e 6% “muito satisfeitos”. Do outro lado da balança, 23% se definiram “insatisfeitos” e 3% “muito insatisfeitos”.

Para a sondagem do Inec foram entrevistadas 2.002 pessoas pelo Brasil entre os dias 08 e 11 de março.