Consultoria: experiência não está na idade, mas no que se viveu, diz especialista

Disputado, mercado de consultoria nem sempre favorece mais jovens, mas profissionais mais experientes levam vantagem

Eliane Quinalia

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SÃO PAULO – Os profissionais de consultoria do País devem se preparar: o mercado tem procurado profissionais cada vez mais experientes. E o melhor é que, ao contrário do que possa parecer, as contratações nem sempre se referem a uma questão de idade, mas de aprendizado.

De acordo com a diretora da regional Sul da De Bernt Entschev Human Capital, Ruth Bandeira, apesar do preconceito ainda existir em relação à idade dos profissionais, tal visão já está mudando.

“Um consultor não pode ser rotulado por sua idade. A experiência de um profissional não está na quantidade de anos vividos, mas na intensidade que ele os viveu”, diz Ruth.

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Para ela, é preciso olhar para o conjunto da obra, ao analisar o perfil de um consultor, e não apenas para a idade do profissional.

“Para dar consulta sobre algo, é preciso ter experiência sobre determinado assunto, ter bagagem e, geralmente, isso vem com o tempo. Contudo, isso não quer necessariamente dizer que, para ser bom, o profissional precise ter cabelos brancos”, exemplifica.

Jovens também podem
Preconceitos à parte, existem jovens que também costumam se dar bem neste mercado, especialmente na área de tecnologia. Este é o caso, por exemplo, do fundador da Triad PS, Christian Barbosa.

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O profissional, que atualmente também é especialista em administração do tempo e produtividade, iniciou sua carreira aos 16 anos e conta que, na época, também sofreu dificuldades para ganhar credibilidade no mercado.

“Comecei muito jovem no mercado e também enfrentei resistência. É difícil ganhar credibilidade, mesmo tendo o conhecimento necessário, quando se tem apenas 16 anos de idade”, diz Barbosa.

Tecnologia para começar
Segundo ele, hoje, os jovens que quiserem seguir seu exemplo podem se aventurar na área de consultoria na área de tecnologia de informação, justamente pela habilidade em relação ao tema.

“Existem muitos cursos no mercado disponíveis para quem deseja se tornar um consultor cedo. Mais tarde, esses profissionais podem investir em uma carreira executiva”, orienta Barbosa.

Para poucos
E poucos sabem, mas se tornar um consultor é realmente para poucos. Para se ter uma ideia, a função exige competência, experiência executiva e muito, mas muito know-how. Por isso, não basta apenas desejar ser um consultor, é preciso conhecer o mercado e saber negociar com seus clientes.

“Às vezes o jovem até tem know-how, mas se frustra como consultor por não conseguir vender a própria experiência para o mercado. E é aí, que um consultor mais experiente se beneficia, pois ele possui mais contatos e sabe vender melhor”, diz Barbosa.

Uma boa forma de balancear essa relação, segundo Ruth, seria a parceria entre estes dois profissionais. Ao que parece, tal união renderia bons frutos ao mercado.

“Os executivos mais jovens possuem um ímpeto, uma força e um conhecimento técnico muito interessantes, mas ainda não erraram. Então, quando cometem erros, tendem a dar grandes passos em falso. Já os mais experientes, não. Eles já vivenciaram os erros. Por isso, é interessante tê-los em um trabalho conjunto”, garante.