Conselho administrativo: estudo aponta o que merece atenção especial em 2009

Dados revelam que remuneração de executivos e avaliação de desempenho desses profissionais merecem atenção

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Pesquisa realizada pela Korn/Ferry mostrou que existem três questões fundamentais em relação aos integrantes dos conselhos administrativos das empresas que merecem atenção especial em 2009: a composição da remuneração dos executivos, a necessidade de avaliação de desempenho dos conselhos e de seus membros e a urgência em contar com profissionais que tenham competência na gestão de riscos.

A empresa responsável pela pesquisa acredita que o binômio remuneração-resultado, que está cada vez mais presente nas mesas de conselho das empresas, seria adequado para resolver as três questões. Diferentemente dos Estados Unidos e também dos países europeus, no Brasil, a regra é a remuneração fixa dos membros dos conselhos administrativos, não relacionada a resultados conquistados.

Mudança de paradigma

“Precisamos mudar esse paradigma, se queremos construir instituições mais fortes. Atrelar a remuneração à criação de valor de longo prazo torna-se fundamental, favorecendo práticas sustentáveis. Além disso, seria lógico concluir que, se a remuneração não depende diretamente dos resultados, esse tema não é prioridade na agenda diária desses conselheiros”, afirmou o sócio diretor da Korn/Ferry, Paulo Amorim.

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Segundo ele, em uma reação em cadeia, mudar as regras do jogo em relação à remuneração dos membros do conselho também implica a implantação de ferramentas consistentes de avaliação, com capacidade de mensurar tanto os resultados individuais dos conselheiros quanto os da atuação do conselho como um todo.

“Nesse contexto, além das ferramentas diferenciadas de avaliação, vem a necessidade de se definir precisamente os papéis dos membros do conselho. Isso garante um melhor controle sobre a performance do conselho”, disse Amorim.

Pesquisa

Os dados são da 34ª Edição do Annual Board of Directors Study (Estudo Anual da Comissão de Diretores, na tradução livre para o português), que foi realizada com diretores e presidentes de mais de 850 companhias listadas no ranking das mil maiores da revista Fortune.

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Embora a pesquisa contemple prioritariamente respostas de executivos da Ásia, Europa e América do Norte, pode-se considerar que os ventos também apontam para a necessidade de mudanças aqui no Brasil. “Hoje vivemos em um momento de profundo questionamento das estruturas de governança corporativa e é hora do País também olhar para seu próprio modelo”, disse Amorim.