Conseguir emprego é mais difícil para fumantes, diz estudo

Uma vez que encontram emprego, os fumantes ainda tendem a ganhar salários menores

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – Um estudo publicado pela JAMA International Medicine mostrou que pessoas fumantes têm maiores dificuldades na hora de procurar emprego. E mais: quando empregadas, essas mesmas pessoas tendem a ganhar salários menores.

Realizada entre setembro de 2013 e agosto de 2015 na área da baía de San Francisco, a pesquisa observou dois grupos de desempregados: 131 pessoas que fumam diariamente e 120 que não fumam. Com uso da técnica de probabilidade reversa, descobriu-se que as chances do segundo grupo conseguir um emprego em um ano de busca eram aproximadamente 30% maiores.

Outras pesquisas, como esta, já haviam relacionado o fumo com o desemprego, mas nenhuma delas até então sabia dizer se o vício vinha antes ou depois da perda do emprego.

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Desta vez, entretanto, além de descobrir a maior dificuldade em retornar ao mercado de trabalho, o estudo percebeu que o grupo de fumantes que conseguiu empregos recebe cerca de US$ 5 a menos por hora trabalhada do que o restante.

Embora isso não seja colocado como razão para a relação, o estudo descobriu também que os fumantes tinham gastos com cigarro como parte de suas prioridades financeiras, deixando de usar este dinheiro em possíveis facilitadores na hora da busca por emprego, como roupas, transporte, comunicação (celulares) e cuidados estéticos. Além disso, há evidências de que fumantes passam mais dias doentes e são mais dispersos durante o expediente.

Como a área em que o estudo foi realizado é uma parte da Califórnia onde a média de fumantes é baixa, a diferença pode ter sido mais evidente nela do que seria em outros lugares. Ao mesmo tempo, este texto sugere que, se todas as pessoas consultadas parassem de fumar, a taxa de emprego seria 24% maior entre os participantes. 

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Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney