Conheça a trajetória de uma das mulheres de negócios mais poderosas do Brasil

Chieko Aoki é fundadora e atual presidente da rede hoteleira Blue Tree Hotels

Juliana Américo Lourenço da Silva

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SÃO PAULO – Nascida na província de Fukuoka, no Japão, Chieko Aoki, veio para o Brasil aos seis anos de idade e mal podia imaginar que se tornaria umas das empresárias mais respeitadas do país onde se naturalizou.

A empresária está à frente do Grupo Chieko Aoki, dono da rede hoteleira Blue Tree Hotels, da qual é fundadora e atual presidente. Ao todo, são 23 hotéis distribuídos por 18 cidades e empregam mais de 2.300 pessoas.

Seu primeiro emprego foi como secretária na Ford Motors do Brasil. Depois disso, se formou em Direito pela USP (Universidade de São Paulo), fez cursos em Administração na Universidade de Sofia, em Tóquio, e de Administração Hoteleira, na Cornell University, nos Estados Unidos.

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Ao longo de sua vida profissional, segundo a Fundação Estudar, Chieko Aoki trabalhou em diversos países da Ásia e Europa, além dos Estados Unidos e do Brasil, sendo que iniciou sua atuação no ramo hoteleiro na década de 1980, como diretora de Marketing e Vendas do Caesar Park – aos 37 anos, já era presidente da rede de luxo. Também foi presidente da Westin Hotels & Resorts, mais antiga e tradicional companhia hoteleira dos Estados Unidos.

Em 1992, ela fundou a empresa Caesar Towers, que em 1997 passou a se chamar Blue Tree Hotels – o nome vem da tradução para o inglês de seu sobrenome – Aoki significa “árvore azul”.

O objetivo da empresária era consolidar a rede como a mais conceituada operadora brasileira de hotéis, com reconhecimento pela alta qualidade, elegância e estilo próprio de serviços. E o objetivo foi alcançado: em dez anos, ela transformou a Blue Tree Hotels numa das maiores cadeias hoteleiras do país. Em 2007, a rede teve uma experiência internacional, com a abertura de unidades na Argentina e no Chile, mas as operações foram encerradas e a empresa voltou a focar-se no Brasil.

Chieko implementou diversas inovações no setor hoteleiro, e seus empreendimentos servem frequentemente de benchmark para os concorrentes. É dela, por exemplo, a ideia de colocar no lobby dos hotéis café sempre quente com biscoitos, de forma a agradar o cliente que fez o check-out com pressa e não teve tempo de tomar o café da manhã.

Em 2013, foi eleita pela revista Forbes a segunda mulher de negócios mais poderosa do país, apenas atrás de Graça Foster, e apareceu na lista de melhores executivas brasileiras do jornal Valor Econômico. Naquele ano, sua rede havia registrado um faturamento de R$ 349,7 milhões.

A executiva também faz parte do CEAL (Conselho de Empresários da América Latina), do LIDE (Grupo de Líderes Empresariais), do LIDEM (LIDE Mulher) e ocupa cadeira na Academia Brasileira de Marketing.