Conheça a liderança bem-sucedida aplicada no Cirque du Soleil

Com 3,5 mil funcionários de 40 nacionalidades, empresa de shows é um dos principais casos de liderança de sucesso

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Participante do 2º ConviRH (Congresso Virtual de Recursos Humanos), Alfredo Castro, diretor-sócio da MOT (Mudanças Organizacionais e Treinamento), abordou, em sua palestra, as novas tendências da liderança motivacional, que surgem na mesma medida em que a globalização mundial se intensifica. Como exemplo, ele citou o caso da empresa canadense de shows Cirque Du Soleil.

A organização é comandada por Guy Laliberté, que utiliza o modelo da dominância cerebral ao liderar. Segundo Castro, com 3,5 mil funcionários de 40 nacionalidades diferentes, crescimento anual de 15% e investimento de 70% do lucro em pesquisa e desenvolvimento, trata-se de um dos principais casos de liderança de sucesso, atualmente. Não é à toa que, em 2007, o empresário figurou na lista dos bilionários da revista Forbes.

A arte pode conviver com os negócios

O direto da MOT listou algumas características de Laliberté que foram essenciais para seu sucesso à frente da administração do Cirque:

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Imagine ter de lidar com 3,5 mil pessoas, originárias de vários países, que falam idiomas diferentes, e precisam se entender entre si, ou seja, necessitam trabalhar em harmonia, pois o espetáculo deve ser bom o suficiente para emocionar o público. Nas últimas décadas, mais de 50 milhões de espectadores já assistiram às apresentações do Cirque du Soleil.

Modelo da dominância cerebral

De acordo com Castro, o empresário canadense lança mão de outro recurso para atingir o sucesso enquanto líder: o modelo da dominância cerebral, segundo o qual a equipe perfeita é aquela formada por indivíduos com preferências comportamentais diferenciadas, que são estabelecidas nos hemisférios do sistema límbico e do neocórtex. “A diversidade de cada ambiente irá determinar a eficiência do grupo”, explica o especialista.

Assim, o hemisfério do lado direito é responsável pelas funções emocionais e o do lado esquerdo, pelas racionais. Existem quatro grandes divisões comportamentais: o profissional analítico é racional, impessoal, gosta de trabalhar sozinho e entende de dinheiro, podendo resolver problemas difíceis e avaliar a viabilidade dos projetos.

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Já o organizador é confiável, responsável, rápido ao tomar providências, bom planejador (sendo, por isso, bom administrador), gosta de cumprir o cronograma e dá muita atenção aos detalhes. O relacional, por sua vez, é expressivo, curioso, sensível, brincalhão, apoiador e emocional. Por fim, o experimental é impetuoso, especulador, gosta de correr riscos, quebrar regras, ser surpreendido e surpreender.

Castro finaliza lembrando que as pessoas são, de fato, diferentes, mas não basta reconhecer isso. “O importante é compreender o perfil de cada um, entender as diferenças e valorizá-las. Todas as dominâncias são necessárias, não há nenhuma que é melhor que a outra”, diz.

A empresa que reinventou seu segmento

Castro finaliza a palestra lembrando que o Cirque é uma organização feita por meio das pessoas, com as pessoas e para as pessoas. “Em uma era em que os recursos tecnológicos são imperativos, reinventar seu próprio segmento não é um produto da sorte, mas uma afinação entre análise, experimento e planejamento, com a perfeita combinação entre as necessidades do mercado e os serviços que tem a oferecer”.