Conheça a diferença entre os cursos da área de informática e como está o mercado

Profissional ligado à área de tecnologia da informação tem amplas possibilidades no mercado de trabalho brasileiro

Tércio Saccol

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SÃO PAULO – O setor de tecnologia da informação é um dos que mais sofrem com falta de mão de obra. Trata-se de um gargalo que trava o crescimento de empresas de diversos setores que, por sua vez, limitam uma perspectiva ainda maior de crescimento econômico e distribuição de renda no Brasil.

É possível afirmar, portanto, que um profissional formado em computação e informática tem grandes chances de colocação no mercado e, acrescendo diferenciais ao seu currículo, pode ter uma faixa salarial de ótimo padrão.

Muitos estudantes, no entanto, não sabem qual curso devem seguir e que área do mercado é atendida por cada profissional, o que gera dúvidas, confusão e, muitas vezes, tempo e recursos financeiros desperdiçados por parte dos alunos. 

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Cada curso
O diretor da Faculdade de Informática da PUCRS, Avelino Zorzo, explica a distinção entre os cursos existentes atualmente. 

Demanda
Segundo o diretor da faculdade de informática da PUCRS, em todas as áreas citadas há carência de profissionais. “Um bom profissional na área de TI tem emprego garantido, podendo muitas vezes escolher a empresa que deseja atuar”, relata.

Ele lembra que a tecnologia da informação está em todos os setores da economia, já que não existe nenhum segmento que não precise da área. “Atualmente, diversas empresas têm investido no Brasil devido à qualidade do profissional que existe, competindo fortemente com as empresas brasileiras, que hoje conseguem exportar software e serviços no mesmo nível, ou melhor, de qualidade”, exalta.

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Perfil
Segundo o professor, a formação existente no Brasil é de qualidade. “A área de computação no Brasil sempre foi muito preocupada com a qualidade dos cursos de graduação, talvez até por este motivo o número de formados nunca foi muito elevado”, explica.

Um problema, no entanto, ressalta o docente, é a distância entre a formação recebida nas universidades e a necessidade tecnológica existente no mercado de trabalho. “Por um lado, as universidades ensinam ciência e utilizam tecnologia para exercitar esta ciência. Desta forma, o profissional terá melhores condições de enfrentar as mudanças tecnológicas que surgirão, e não são poucas. Por outro lado, as empresas querem um profissional qualificado, mas com alto conhecimento tecnológico imediato e atualizado”, cita Zorzo.

A própria universidade onde Zorzo atua tenta minimizar o problema com novas soluções. A PUCRS desenvolveu nos últimos anos um grandioso parque tecnológico (TecnoPUC) para aproximar academia e indústria, com apoio do governo. No local, alunos, profissionais do mercado, pesquisadores e gestores convivem trocando experiências, práticas, ideias e projetos em dezenas de empresas do ramo de tecnologia.

O professor recomenda que os profissionais que queiram atuar na área sejam pró-ativos, dominem a língua inglesa, tenham ética, e consigam trabalhar em grupo, com comprometimento, sabendo se comunicar com outras áreas do conhecimento. Avelino Zorzo recomenda: “O profissional de TI não tem mais o perfil do ‘nerd’. Hoje, o profissional tem de ser uma pessoa que consiga interagir com outros trabalhadores de uma maneira clara, pois na grande maioria da vezes ele irá resolver problemas, usando TI”, orienta.