Congelamento de salários e promoções diminuem neste ano, revela pesquisa

Dados mostram que, em 2009, 47% das empresas colocaram em prática congelamento de salário, ante 35% neste ano

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Congelamentos de salários e de promoções devem diminuir neste ano no Brasil, revelou uma pesquisa realizada pelo Hay Group.

No ano passado, 47% das empresas disseram que colocaram em prática o congelamento temporário de salários para reduzir os custos com remuneração, sendo que neste ano o total de empresas que deram essa resposta foi de 35%. O congelamento salarial afeta mais a presidência (92%) do que o nível gerencial (60%). Em relação ao congelamento de promoções, metade das companhias disseram que fizeram isso em 2009, ante 38% que fizeram neste ano.

“Em 2009, os congelamentos ocorreram porque os resultados das companhias foram ruins. Ninguém tinha noção de para onde iria a crise”, afirmou o gerente do Hay Group Brasil, Olavo Chiaradia. “As empresas tiveram de reduzir os custos por causa da receita e uma parte deles é gente. De certa forma, o congelamento evitou desligamentos e trouxe a mensagem de que as empresas estavam com problemas”, completou.

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Os reajustes
Os dados mostraram ainda que, em relação aos salários, as empresas estão dando reajustes maiores do que no ano passado, também por conta da crise que aconteceu naquele ano.

Em junho de 2009, enquanto a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nos últimos 12 meses, havia ficado em 5,45%, a média de prática de reajuste do mercado ficou em 5,93%, uma diferença de 0,48 ponto percentual.

Para este ano, o que se espera é um INPC acumulado de 12 meses até junho de 4,41% e uma média da prática de mercado de 5,20%, uma diferença de 0,79 ponto percentual. “Deve voltar em 2010 acordo coletivo um pouco mais acima da inflação”, estimou Chiaradia.

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Mais redução de custos
Ainda para reduzir os custos, as empresas devem, neste ano, colocar em prática pacotes de aposentadoria antecipada, o que foi indicado por 30% delas, ante 22% que haviam indicado o mesmo em 2009.

Outro ponto indicado foi a redução dos pacotes de benefícios, apontada por 22% das empresas em 2009 e por 23% delas neste ano.