Confira sete dicas para reduzir as saídas de profissionais da sua empresa

Pesquisas apontam que o principal motivo de desligamento do pessoal é o relacionamento com seus superiores. Então na verdade, eles se demitem do chefe e não da empresa

Luiza Belloni Veronesi

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SÃO PAULO – A alta taxa de turnover (rotatividade de pessoal) em uma empresa é um péssimo sinal e merece atenção. A entrada e saída dos profissionais podem impactar diretamente na produtividade, satisfação dos colaboradores e no lucro da empresa ao final do mês.

Para o diretor executivo da Innovia Training & Consulting, Ricardo Barbosa, a perda de mão de obra é sempre prejudicial, especialmente quando perde profissionais qualificados e treinados. Outro problema é que os empresários terão de arcar com gastos da rescisão do antigo colaborador, despesas de seleção e recrutamento, além de ter de treinar o substituto para a função.

“Em algumas empresas, o custo de rotatividade de pessoal, pode chegar até o equivalente à oito salários nominais, por empregado, dependendo do cargo. O que vale dizer que, pelo mesmo valor, mantém-se o mesmo profissional trabalhando durante 8 meses”, explica Barbosa.

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Pesquisas realizadas recentemente apontam que um dos principais motivos que levam os profissionais deixarem seus empregos é o relacionamento com seus superiores. Então na verdade, eles se demitem do chefe e não da organização.

Redução da rotatividade

Pensando nisso, Barbosa formulou algumas dicas para a redução do turnover de uma empresa, confira:

1. Entenda o motivo: quando o profissional pedir demissão ou é demitido faça uma entrevista pessoal para saber o motivo, seja por deixar a empresa ou por sua baixa produção (ou outra razão pela qual foi demitido). Ter uma conversa franca e informal com ele trará melhores resultados do que dar questionários para ser preenchido por mera formalidade.

2. Média salarial: compare o salário que você oferece com os de outras empresas concorrentes. “Muitas vezes terá a triste descoberta que está formando mão de obra para eles”, ressalta Barbosa.

3. Objetivos claros: sua empresa possui um plano de carreira claro? Tenha definido até onde os seus profissionais podem chegar, caso sejam dedicados e persistentes. Na maiora das vezes, essas práticas fazem sucesso no mundo corporativo.

4. Aperfeiçoamento profissional: você sabe como são feitas as reciclagens/aperfeiçoamentos dadas aos seus subordinados? Solicite a apostila ou participe de algum curso, além de pedir a opinião dos próprios colaboradores que participaram das atividades.

“Olho nisto, pois é comum mandar o profissional participar mais de uma vez do mesmo treinamento inicial, sob a alegação de que ‘vamos ver se assim aprende’”.

5. Horas extras: sua empresa tem políticas para plantão de finais de semana, feriados e horas extras? É comum escalar o pessoal com o intuito de punição, o que é totalmente anti-ético. É importante ver se sua empresa não tem aqueles “protegidos”. “Confira também as faltas às segundas feiras – dia de procurar outro emprego”, analisa.

6. Atestados médicos: confira e confirme os motivos. Não se assuste com as justificativas daqueles que vão acompanhar parentes sob a alegação de que faltando ou não, ninguém se importa.

7. Climão: você sabe dizer qual o clima que reina na sua empresa? Veja como os supervisores, gestores e chefes agem com os colaboradores e se eles dão feedback para a equipe. Como já foi citado, o clima e o ambiente de trabalho é fundamental para uma boa convivência e, consequentemente, a produtividade de cada profissional.