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SÃO PAULO – Representar uma empresa, seja diante da mídia ou em eventos e reuniões corporativos, não é fácil. Por mais que se tenha conhecimento do assunto e da companhia, como o porta-voz possui, algumas gafes são cometidas.
“O porta-voz é sempre a cara da empresa, por isso é preciso que seja alguém que se identifique profundamente com a filosofia da companhia. Dessa forma, a conduta, o caráter e a personalidade do porta-voz têm de estar em sintonia com a imagem que a empresa quer divulgar”, ressalta a consultora em media training, Aurea Regina de Sá.
Entre as gafes mais comuns e que podem prejudicar a vida profissional do porta-voz, Aurea destaca quatro: a inconveniência, o uso de roupas inadequadas para a ocasião, a exposição de assuntos polêmicos e o uso excessivo dos jargões corporativos.
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Inconveniência e roupas inadequadas
Para tornar o ambiente de negócios e a conversa mais agradáveis, muitos porta-vozes recorrem a piadas ou brincadeiras. Entretanto, dependendo do tipo de brincadeira e da ocasião, ele pode ser invasivo e inconveniente.
“O profissional precisa saber para que tipo de público ele está se expondo. Só assim, ele terá discernimento para usar determinada piada ou brincadeira”.
Além disso, a consultora alerta que o porta-voz precisa ter um cuidado com o que ele irá vestir quando for representar a empresa. “O profissional não pode querer ser a ‘cereja do bolo’. Logo, o uso de roupas discretas é o indicado”.
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Assuntos polêmicos
Aurea destaca ainda que muitos porta-vozes gostam de falar durante as suas apresentações de temas polêmicos como futebol, religião e política.
“Esses assuntos deveriam ser abolidos pelos porta-vozes nas reuniões e eventos corporativos. Comentar sobre um time de futebol, por exemplo, é arriscado, sobretudo se esta equipe não estiver bem no campeonato, uma vez que comentários como o desempenho desse time podem gerar muita conversa entre os participantes dos eventos”.
Jargões corporativos
Outra gafe bem comum é usar jargões corporativos durante as reuniões e eventos. Assim, para a consultora, expressões como está no nosso DNA (no que se refere à missão da empresa), printar (fazer um resumo) e feedback (dar um retorno sobre o desempenho de um funcionário), por exemplo, devem ser evitadas.
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“O segredo é usar palavras simples e, toda vez que for apresentar uma palavra nova, traduzi-la para o público presente”.
Porta-voz ideal
Segundo Aurea, ao cometer gafes, o porta-voz pode até mesmo ser demitido, além de ter a sua imagem prejudicada no mercado de trabalho, dificultando a sua recolocação. Já a empresa tem um prejuízo para remediar a situação.
Para ficar longe dessas gafes, a consultora aconselha os porta-vozes a seguirem as orientações abaixo:
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- Ser bem informado sobre os assuntos do cotidiano do Brasil e do mundo;
- Ter um envolvimento com a empresa, conhecendo as questões operacionais e administrativas da corporação, além de assuntos sobre o mercado de atuação;
- Saber as regras gramaticais da língua portuguesa;
- Saber se vestir adequadamente;
- Possuir dicção perfeita;
- Ser conciso e objetivo durante os eventos.