Confira as 12 maiores gafes cometidas em processos seletivos

Desde estagiários até executivos as cometem, e colocam em jogo a imagem, o novo emprego e contatos profissionais

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Sem a intenção, as pessoas costumam cometer gafes a ponto de quererem cavar um buraco no chão e sumir. No âmbito profissional, não poderia ser diferente, inclusive durante um processo seletivo. O problema é que, neste caso, muitas vezes, não há como reparar o erro. E o que está em jogo: sua imagem, um possível novo emprego, contatos que valeriam para toda a vida… Muita coisa, não é?

Por isso, o InfoMoney foi atrás de pessoas que lidam diariamente com situações como esta, os selecionadores. Eles dão risadas, ficam impressionados, abismados e, muitas vezes, têm a responsabilidade de tentar reverter a situação, trabalho difícil para não colocar em jogo o clima do processo seletivo. Em alguns casos, têm que ser compreensivos, em outros, simplesmente descartam o candidato por causa da tal gafe.

Conheça as maiores gafes

Para você não ser um desses que são cortados por fazer algo que não deveriam ter feito, confira abaixo as 12 maiores gafes cometidas. Neste caso, vale “aprender com o erro dos outros”.

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  1. Mentiras. O que acontece é que o profissional vê uma oportunidade que não pode deixar passar e direciona o currículo para ser chamado para a entrevista. Simplesmente mente. Se é necessário o inglês, ele fala que é fluente… Mas, na hora de conversar, desaponta! Isso acaba queimando o profissional. “No mundo de RH, por mais gigantesco que seja, nos deparamos com outros selecionadores e temos oportunidades de trocar informações”, conta a consultora do Grupo Foco, Francilene Araújo, que passou pela situação há poucos dias, com um candidato que não sabia falar inglês e não entendia as perguntas, ou então, respondia coisas sem sentido.
  2. Gírias. Francilene conta que muitas vezes já foi chamada de “cara”, ou então ouviu expressões como “maneiro” ou “irado”. Já a consultora de planejamento de carreira da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Melina Gras, cita outras que incomodam, e colocam os candidatos em situações constrangedoras: falar a todo o momento “tipo assim”, “né”, “entendeu”, e o pior, usar palavrões em expressões. “Um candidato já chegou e falou que tinha feito um puta projeto”.
  3. Intimidade. A situação fica realmente feia quando o candidato passa dos limites e acha que o entrevistador é uma pessoa íntima. “Um deles chegou na entrevista, virou para mim e disse: eu te conheço, e é de balada heim! Como se fosse meu amigo. Totalmente inadequado”, relata Francilene.
  4. Discurso. Muitos candidatos usam o processo seletivo para desabafar. Talvez por estarem diante de um psicólogo, pensam que devem abrir o coração. “Uma vez um moço me contou que não podia ter filhos”, diz Francilene. Melina conta outra gafe: “Um dia chegou um executivo de 40 anos, alto, e na hora que falou da vida pessoal disse que era adotado, que se sentia rejeitado, que não se dava bem com mulheres e com a mãe”.
  5. Choro. A maior gafe já identificada pelos selecionadores. Ela é mais comum do que se pensa. A analista de RH da Catho Online, Adriana Souza, conta que uma vez, uma moça jovem sequer começou a falar no processo seletivo e começou a chorar. “Ela era jovem e estava nervosa. Não conseguiu nem participar do processo”. Outro caso é contado por Melina: “Apenas perguntei como era o relacionamento com o pai, e a pessoa já começou a chorar”. Mas quem pensa que isso só acontece com vagas para pessoas mais jovens está enganado. De acordo com Francilene, um executivo que foi demitido de uma empresa após a morte de um colega chorou quando questionado sobre o motivo de sua demissão, e por um longo tempo.
  6. Postura. Sem perceber, você pode estar cometendo a gafe de incomodar as demais pessoas, passando uma sensação de descaso. “Uma vez, um executivo passou a entrevista inteira com tom de arrogância, na tentativa de inverter os papéis. Passou a entrevista inteira com pernas cruzadas e braços trançados atrás do pescoço. Então eu perguntei o que ele faria se um executivo viesse para a entrevista e ficasse o tempo inteiro com as pernas cruzadas e as mãos para o alto, trançadas atrás do pescoço. Ele disse que não contrataria. Eu perguntei porque ele estava assim. Ele respondeu que não havia percebido”, relata Melina.
  7. Fala. Tem candidato que não se contenta em dar uma resposta. Ele tem que dar toda uma explicação. O problema é que acaba sendo prolixo e, quando percebe, acabou se contradizendo. Quando não tiver o que falar, apenas não fale!
  8. Seleções. “Uma das gafes é a pessoa dizer que conhece a empresa e começar a contar fatos que não condizem. Ela participou de outra entrevista no mesmo dia e começa a confundir, tanto informações sobre a empresa como quanto ao salário, à vaga e etc.”, comenta Adriana, da Catho.
  9. Palavras. Algo que pode deixar a pessoa em uma situação bastante constrangedora é trocar palavras. “Numa seleção, a menina estava fazendo uma simulação de vendas, e trocou a palavra vaguinha por um termo obsceno. Numa sala com dez pessoas, todos caíram no riso. Isso acontece quando se está ansioso”, explica Adriana.
  10. Jargões. As pessoas trocam direto ou pronunciam errado jargões como coaching, networking, benchmarking.
  11. Críticas. Cuidado com o que você fala do seu antigo chefe durante uma seleção. “Uma gafe é falar mal de uma pessoa e o selecionador conhecê-la”.
  12. Apelação. Outra gafe é pedir a vaga porque está precisando de dinheiro, ou deixar demonstrar isso. “Todo mundo tem conta para pagar e ninguém contrata na apelação emocional”, pondera Melina.