Confira 6 mitos sobre cursar MBA no exterior

Para especialista, a concorrência entre os jovens executivos incentiva a disseminação de ideias equivocadas sobre estudar no exterior

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – É o desejo de muitos profissionais cursar um MBA (Master Business Administration) no exterior, mas muitos não realizam o sonho por acreditar que estudar fora do País ainda é muito difícil.

A sócia da MBA House, escola preparatória para exames internacionais, Vivianne Wright, afirma que ainda existem alguns mitos que impedem que os interessados vão em busca de uma oportunidade em instituições estrangeiras. 

“A concorrência entre os jovens executivos incentiva a disseminação de ideias equivocadas sobre as possibilidades de estudo no exterior”, acrescenta.

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Seis mitos
Pensando nisso, ela apontou sete mitos mais comuns em relação ao MBA no exterior. Confira abaixo:

MBA no exterior só é possível quando a empresa patrocina: atualmente, o percentual de alunos que têm 100% do MBA patrocionado pela empresa é de menos de 6%. A maioria dos alunos de MBA está no exterior por meio de recursos próprios e de financiamento de bancos internacionais conveniados com a escola.

“Mesmo empresas com histórico de patrocínio de seus funcionários em escolas de MBA estão preferindo contratações de alunos que já estão nesses cursos”, diz.

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Financiamento de MBA em escolas estrangeiras é muito difícil de conseguir: quando o financiamento está difícil de ser adquirido pelo aluno por meio do banco, ele poderá conseguir financiamento da própria escola em que for admitido. “Tornar-se aluno de Escolas de Negócios de prestígio é garantia certa de conseguir financiamento”, explica Vivianne.

Além disso, ela acrescenta que algumas pessoas acreditam que o financiamento só sai com avalista, o que não é verdade. “O fato é que, quanto mais garantias (como um avalista do país onde o aluno vai cursar a escola) forem oferecidas ao banco, melhor serão as condições de negociação dos juros, que giram entre 8% e 11% ao ano”.

As regras de financiamento para cursar MBA são as mesmas de qualquer mercado, porém, o aluno terá como “avalista” a escola em que entrou. Já em escolas de menor reputação, algumas garantias serão pedidas, como avalista residente no país e o pagamento de juros maiores ou até adiantamento de parte do pagamento.

É necessário inglês fluente para passar no TOEFL: para quem tem inglês fluente, o exame é mais fácil, mas isso não quer dizer que quem não é fluente não passará no teste.

O TOEFL é um treinamento técnico. “Muitas vezes, alunos que trabalham com pessoas que falam inglês acreditam ter bom domínio da língua, mas passam longe de saberem realmente de forma mais acadêmica e nem por isso deixam de ter êxito em negociações e, portanto, no programa de MBA”, diz Vivianne.

As melhores universidades estrangeiras só aceitam quem tem bom histórico escolar no Brasil: para isso serve o GMAT (Graduate Management Admission Test), pois seria impossível saber se o bom desempenho de um aluno foi pela sua qualidade ou porque a escola que cursou era fraca. “Claro que certas escolas de graduação são conhecidas pelos MBAs e elas já indicam que o candidato cursou uma boa escola no Brasil”.

Dependendo do país, não adianta falar só inglês, é fundamental falar a língua local: não precisa ser fluente na língua do país para o qual o aluno vai seguir. Entretanto, a escola pode exigir que ele faça o curso da língua local durante todo o seu MBA, como condição inclusive para se formar.

Sair com um diploma de MBA perdeu força depois da última crise: mesmo em plena crise, os alunos de MBA estavam recebendo em média cinco propostas de emprego. E, na realidade, percebe-se um aumento significativo da demanda por profissionais com MBA pelo mercado mundial.

“No Brasil, dos profissionais que se graduam no MBA, praticamente todos são absorvidos pelo mercado de trabalho. Aqueles que optam por ficar no exterior permanecem fora por diferencial de carreira futura”, finaliza.