Publicidade
SÃO PAULO – Problemas como regras que não permitem sair do script, falta de informações atualizadas no banco de dados e comunicação ruim entre chefes e subordinados afetam diretamente a saúde dos profissionais de centrais de teleatendimento.
A constatação foi feita pela pesquisadora Ludmilla de Sousa Diniz, na dissertação de mestrado “Vivências de Mal Estar no Trabalho em Central de Teleatendimento Governamental”, que analisou a central de atendimento de uma instituição pública.
Condições ruins
De acordo com ela, a área tem alta rotatividade de funcionários, principalmente porque é formada por universitários que pagam sua faculdade com a remuneração. Um atendente fica, em média, de um a três anos.
Oferta Exclusiva para Novos Clientes
Jaqueta XP NFL
Garanta em 3 passos a sua jaqueta e vista a emoção do futebol americano
A rotina destes trabalhadores é rígida. Na instituição pesquisada, até as idas ao banheiro são controladas de forma velada. Perdem pontos os funcionários que vão muitas vezes ao toalete e os que ficam muito tempo “deslogados” no computador.
Para que não levantem, outro profissional é responsável por distribuir água. Devem usar colete diariamente, cabelos sempre presos e a conversa paralela é proibida. Os entrevistados ainda reclamaram dos chefes.
Saúde
Ainda de acordo com Ludmilla, o ambiente físico não é muito saudável. Os carpetes e o ar condicionado são pouco higienizados e quem divide a mesa no turno da manhã e da noite divide o mesmo headset, aparelho com microfone e headfone, o que pode levar à transmissão de doenças.
Continua depois da publicidade
Para evitar que a saúde dos profissionais seja mais prejudicada, a pesquisadora dá algumas dicas:
- Limpe você mesmo o ambiente em que está;.
- Busque todas as informações que precisar: peça para que sejam pregadas em mural de fácil acesso;
- promova maior flexibilidade na organização do trabalho.