Comportamento: veja quais são os perigos do comércio dentro das empresas

"Antes de comercializar na empresa, profissional deve estar ciente de que ninguém é obrigado a comprar", diz consultora

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Quem nunca teve um colega de trabalho que, na busca por uma fonte alternativa de renda, passou a comercializar produtos de beleza, peças de bijuterias, roupas, entre outros produtos, dentro da empresa? Por mais inocente que seja o ato, algumas empresas o condenam, não por acaso.

Na avaliação da consultora de etiqueta profissional, Rosana Fa, que escreveu o livro “Postura Profissional: Comportamento pode pesar mais que desempenho”, da editora Qualitymark, vender produtos aos colegas de trabalho pode ter algumas implicações negativas.

Resultados negativos e clima ruim

“Antes de comercializar produtos na empresa, o profissional deve estar ciente de que ninguém é obrigado a comprar e que não pode causar polêmica quando alguém não paga”, revela Rosana.

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Essas situações são as mais comuns. No primeiro caso, o ‘comerciante’ acredita que os colegas são obrigados a ajudá-lo, seja porque está passando por um momento difícil financeiramente, seja por conta da amizade. Quando alguém diz que não irá comprar, ele se sente frustrado. Obviamente, isso desgasta a relação profissional.

“Se prepare para ouvir um ‘não’ e saiba lidar com isso. Algumas pessoas se sentem obrigadas a comprar para ajudar o colega e acabam adquirindo produtos dos quais não precisam. Mas ninguém tem obrigação de comprar”.

Como cobrar dos devedores

A segunda situação se refere à inadimplência e exige jogo de cintura. “Ficar fazendo pressão para o devedor pagar é ruim, pois acaba envolvendo o ambiente de trabalho em um problema estritamente pessoal”, garante a consultora, que aconselha separar o pessoal do profissional.

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“É importante agir com ética, por isso não saia reclamando para os outros que alguém está devendo. Não extrapole os limites e tenha delicadeza na hora de cobrar. Principalmente se o devedor for um superior, tenha jogo de cintura”.

Perda do foco

Um dos principais motivos que levam as empresas a repugnarem o comércio no ambiente corporativo é a perda do foco. Por isso, quando for vender algo, mostre os produtos na hora do café da manhã, antes do expediente ou ao final dele.

Não burle as regras

Antes de comercializar dentro da empresa, leia o Código de Conduta ou Código de Ética e veja se não há nada escrito a este respeito. Caso não tenha nada sobre o assunto, converse com seu superior ou um profissional do departamento de Recursos Humanos e peça autorização. Isso vale também para o caso de sua empresa não possuir um código.

Se não obtiver autorização para tal, não fique revoltado. “As empresas são como famílias, cada uma se organiza de determinada maneira e isso deve ser respeitado. Se não concorda com a situação, procure outra empresa para trabalhar, mas não burle as regras. É um direito da empresa proibir certas atitudes. Provavelmente, elas determinam proibições por causa de experiências passadas negativas e não por capricho. Tudo tem um porquê”, completa Rosana.