Competição interna: ao contrário do que dizem, ela pode ajudar empresa

Com a competição, profissionais são desafiados e melhoram o desempenho. Mas o ideal é que eles 'concorram' consigo mesmos

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – “A competição interna é saudável, sim”, diz a sócia-diretora da IDH (Instrumentos de Desenvolvimento Humano), Adriana Sellipelli. A ressalva é que o líder deve monitorar essa competição, para que não se torne destrutiva.

Por meio da competição, a empresa ganha com um desempenho melhor das pessoas no trabalho. Mas o ideal é que elas ‘concorram’ consigo mesmas, isto é, que não fiquem produzindo mais apenas para ser melhor do que o colega ou se destacar dentro do grupo de forma a esquecer de colaborar com a equipe. Aqui, o objetivo é melhorar a cada dia e vencer as limitações.

Para tal, o gestor do grupo precisa impor regras, prevenindo o desgaste das relações de trabalho e a degradação da ética no ambiente. “A competição somente é boa quando existe um limite do que pode e não pode ser feito”, adverte a especialista.

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A maneira correta de estimular a competição

“Cada pessoa lida com a competição da sua maneira. Alguns têm mais maturidade do que outros. Os perfis individuais devem ser analisados pelo líder”, explica. “Se ele notar, por exemplo, que determinada pessoa reage muito mal à competição, inclusive perdendo a motivação, mas, por outro lado, se dá muito bem no trabalho em equipe, é importante que, no momento da cobrança, isso seja levado em conta.”

De maneira geral, a competição é desafiadora, mas não estimulante. Os profissionais podem ficar confusos e estressados no dia-a-dia. O resultado é a queda da produtividade. Por isso, existe uma forma certa de cobrar e criar a competição.

Para começar, as cobranças não podem ser feitas na frente de todos. Outra dica é: não faça comparações. “Fazer comparações é, de certa forma, uma atitude infantil”, sublinha Adriana. “O ideal é que seja realizada uma avaliação de desempenho, no mínimo semestralmente, e, por meio dela, sejam mensuradas as competências comportamentais. Isso irá estimular a competição indiretamente.”

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Portanto, a dica da sócia-diretora da IDH é conversar sobre metas, regras, exigências para aquele determinado cargo e o que é esperado do colaborador segundo o nível hierárquico, por ocasião da avaliação de desempenho. “Quando a empresa valoriza cada funcionário e constrói uma relação de complementaridade entre os membros de uma equipe, a competição interna é positiva.”

Erro

Os sinais de que a competição deixou de ser motivadora e passou a ser destruidora é o funcionário que busca resultados apenas por si mesmo, de forma egocêntrica, sem pensar na empresa e nos colegas. “Ele quer atingir os melhores resultados por si mesmo até o fim”, alerta Adriana. “No entanto, uma organização não sobrevive em um ambiente assim.”