Como se preparar para a chegada do profissional dos sonhos

Líderes e RH devem ter objetivos claros, passá-los ao novo profissional, mas também aos antigos, para não desmotivá-los

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Não importa se é momento de expansão ou de retração da economia, o fato é que as empresas estão sempre em busca de talentos. Eles são aqueles profissionais que fazem a diferença e podem ditar o sucesso dos negócios. Por isso, as companhias correm para atraí-los… Mas o problema é que pouco pensam sobre como se preparar para a chegada deste colaborador.

De acordo com a diretora executiva da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Izabel de Almeida, os profissionais ligados ao novo talento – tanto líderes quanto o RH – devem ter objetivos claros quanto ao que se espera do novo profissional. Eles devem definir também políticas de recompensa e o passo-a-passo para crescer dentro da companhia. Tudo isso precisa ser pensado antes da contratação.

De maneira geral, Izabel afirmou que as empresas brasileiras se preocupam com a retenção dos talentos. “Elas estão preocupadas principalmente quando se fala de área estratégica e que não tem muita mão-de-obra qualificada, como TI (tecnologia da informação). Hoje elas têm essa preocupação e ações mais agressivas, para torná-los mais fiéis à organização”.

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O que leva à fidelidade?

Izabel explicou que aquilo que coloca em jogo a fidelidade do profissional é ele não reconhecer seus valores éticos e morais na empresa em que atua.

“Quando as empresas não lidam com o mercado de forma ética e mentem, não tratam o profissional com respeito, elas desmotivam o profissional competente. E hoje temos internet e as ações ruins se disseminam com a maior facilidade e rapidez”, disse. Esse é outro ponto que precisa ser pensado antes da contratação do talento: ele se adequa à cultura da empresa?

A chegada do talento

Mas a atenção, com a chegada do talento, não deve ser somente voltada ao novo profissional. Existem líderes que, na necessidade de tê-lo na equipe, acabam ficando reféns destes colaboradores, esquecendo dos demais. E o resultado disso para a equipe é bastante negativo. Dentre os sentimentos ruins, estão ciúmes, inveja e, na pior das hipóteses, pode acontecer até mesmo um “boicote”.

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“Se o novo talento for um profissional sênior, suas ações podem ser bastante valorizadas e expostas, para que o grupo o veja como modelo. Mas se estiver no mesmo patamar, o líder deve tomar cuidado para não desmotivar a equipe, o que nem sempre ele consegue”.

Para evitar esta desmotivação, o que o líder deve fazer é, já na contratação, deixar claro para a equipe o propósito da chegada do profissional. “Aí é que entra a inteligência emocional do gestor, que deve ser usada para motivar a equipe, trazer as pessoas para si e estimulá-las”.