Como custear meus estudos no exterior?

Sabe-se que a experiência de aperfeiçoar seus conhecimentos em outro país tem um custo. Com um pouco de planejamento esse sonho pode virar realidade!

Waldeli Azevedo

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SÃO PAULO – Estudar no exterior é sempre uma ótima alternativa para quem busca um diferencial para o seu currículo. A chance de acumular experiência, conhecer novas culturas e se aperfeiçoar em um novo idioma é bem vista tanto para quem procura um emprego quanto para quem disponibiliza uma vaga.

Porém, sabe-se que tudo isso tem um custo e a realização deste sonho precisa ser planejada. Por onde começar?

Avalie seus objetivos

A concretização de qualquer objetivo requer certo trabalho e muita força de vontade. Por isso, comece a organizar o seu sonho. Qual a sua meta? Que idioma tem interesse de aprender, ou aperfeiçoar? Por quanto tempo pretende ficar? Que país lhe desperta maior interesse?

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Respondendo a estas tantas perguntas, você terá enfim um ponto de partida. Uma dica: não comece já pensando que seu sonho parece grande demais. É claro que será difícil realizar suas metas do dia para a noite; por isso, você deve se organizar, ser firme em seu propósito e, desta forma, conquistar também o apoio de seus familiares e amigos nesta experiência.

Existem várias alternativas para a realização deste intercâmbio cultural, ou seja, esta oportunidade de trocar conhecimentos e costumes com pessoas diferentes. Você pode optar por se hospedar em casas de família ou, se preferir, ficar instalado em alojamentos de estudantes, muitas vezes na própria instituição de ensino.

Em geral, um programa de intercâmbio de um ano não sai por menos de R$ 15 mil, incluindo passagem aérea, item que costuma ser o mais caro da viagem. Mas, com o real valorizado frente ao dólar esse pode ser um bom momento para ir ao exterior.

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Estados Unidos: preferência pelo país continua

Embora exista hoje maior procura por países como Nova Zelândia, Austrália e Canadá, os EUA continuam como o país preferido dos jovens que pretendem estudar fora do Brasil.

O fato pode ser explicado pela afinidade com a cultura e, principalmente, pelos custos do intercâmbio. Passar uma temporada numa High School (colégios norte-americanos) é bem mais barato do que optar por uma escola na Europa ou na Oceania. Nos Estados Unidos, ao contrário das outras localidades, as escolas não cobram mensalidades de estrangeiros, em razão de um programa de subsídios governamentais.

Para se ter uma idéia, passar um semestre de estudos nos EUA fica em torno de US$ 4.230, sem a passagem aérea, enquanto o mesmo período na Nova Zelândia e na Austrália sai em média por US$ 7.626 e US$ 9.675, respectivamente.

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No caso norte-americano, a vantagem financeira fica ainda mais evidente para o pacote de um ano, que é pouco mais caro que o semestral (US$ 4.995). Já nos demais países, ele quase dobra em relação ao formato de seis meses.

Para quem prefere a Europa

Se você tiver a intenção de conhecer a cultura européia, terá que gastar um pouco mais. Patrícia Alves, jornalista, vivencia agora esta experiência, programando sua viagem para Londres, agendada para daqui a dois meses.
“Neste caso, o custo é mais alto por causa da Libra (libra esterlina, moeda local). Mas é possível encontrar escolas com preços mais acessíveis”, declara.

Em sua viagem, até agora, foram gastos cerca de R$ 6 mil para quitar um ano de curso, e garantir um mês de acomodação. Isso sem contar a passagem, que custou quase R$ 3 mil, incluindo aí todas as taxas. Já para poder passar os primeiros meses, pretende levar cerca de 1200 libras, o que equivale a aproximadamente mais R$ 6 mil.

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Para sua garantia, a jornalista tem mantido contato com estudantes instalados em Londres, para obter o máximo possível de informações. Desta forma, sabe que um estudante gasta, por mês, cerca de 400 ou 500 libras com acomodação, transporte e alimentação. “É uma vida sem luxos, mas também sem grandes apuros”, define.

Patrícia alerta ainda para a possibilidade que o estudante tem de trabalhar 20 horas semanais (com remuneração média de 400 libras), segundo as leis do Reino Unido. Porém, deixa bastante claro: “trata-se de uma concessão, e não uma condição para conseguir estudar lá”. Prova disso é que, antes da viagem, o estudante deve comprovar que alguém (familiar ou responsável) lhe garantirá o sustento durante sua permanência no país, deixando claro que o seu objetivo será mesmo de estudar.

Como concretizar este sonho?

Para realizar um intercâmbio, a dica é procurar a opção mais adequada para o seu bolso e os seus objetivos. É claro que será preciso muito planejamento e certo tempo de economia.

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Ainda no caso de Patrícia, ela acabou vendendo o seu carro e poupando por mais de um ano para conseguir arcar com os custos da viagem. A idéia de morar no exterior por um ano não aconteceu de repente. Foi algo planejado durante muito tempo. Por isso, a alternativa para quem pretende fazer o mesmo, é começar hoje mesmo a se programar para esta realização.

Neste ponto, não espere que seus pais façam tudo por você. Garanta algumas economias e ajude-os no orçamento, o dinheiro economizado deve ser colocado em um fundo de reserva para a viagem. Isso significa abrir mão de alguns hábitos por um tempo. Deixe de lado as viagens com os amigos, as baladas mais caras e o consumo sem controle, por exemplo. Caso esteja quase “caindo na tentação”, lembre-se que o esforço é temporário e que o resultado será inesquecível!