Como as empresas avaliam a filiação partidária?

Relação entre eleitor e político, especialmente em épocas eleitorais, pode se afunilar ao passo que o primeiro torna-se uma espécie de seguidor do segundo

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SÃO PAULO – A semanas das eleições, cujo primeiro turno ocorre no dia 3 de outubro, muitos brasileiros já se posicionam de maneira “aberta” quanto aos candidatos preferidos. 

A relação entre eleitor e político, especialmente em épocas como esta, pode se afunilar ao passo que o primeiro torna-se uma espécie de seguidor do segundo. Trata-se da filiação partidária, conhecida para alguns como militância.

Esse aspecto político, se levado ao ambiente de trabalho sem cautela pelo filiado, pode ser determinante para a origem de problemas. “Antes de mais nada, o funcionário não pode se esquecer de que precisa se reportar a um chefe, e de que este pode ter opinião contrária. Ainda assim, percebo que, hoje em dia, as organizações não têm políticas definidas sobre o assunto”, afirma o presidente da consultoria Lens & Minarelli, José Augusto Minarelli.

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De acordo com ele, o profissional não é obrigado a comunicar ao chefe sobre a sua filiação partidária. Ou seja, para a empresa, este profissional não se difere dos demais.

Na empresa
Porém, para efeito de carreira, é sempre prudente analisar o local das manifestações partidárias. Discorrer sobre assuntos políticos durante o expediente, por exemplo, pode gerar um desconforto entre os demais colegas, inclusive o chefe.

Quem usa o espaço de trabalho para proclamar ideologias está sujeito a sofrer as consequências. Mas cuidado, pois política não se limita somente às ações verbais. Dessa forma, propaganda em camiseta, boné, entre outros objetos não deve ser feita dentro da empresa.

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“Defender a opinião em uma hora de almoço ou em uma reunião mais informal não tem problema”, diz Minarelli, que completa: “Todo esse contexto, de maneira geral, pode oferecer um risco ou facilidade na carreira”.

Fora da empresa
Fora do ambiente de trabalho, contudo, a expressão é livre. Porém, tudo deve ser dosado para não prejudicar esse profissional. “Não adianta o profissional se conter na empresa, mas pegar um megafone e sair gritando e ofendendo os outros partidos na rua”.

Se for visto por algum colega de trabalho, ele corre o risco de ser taxado de maneira negativa na companhia. A dica, então, não é se calar, mas sim se precaver de certas ações políticas exacerbadas, que podem envolver esse profissional em uma onda de problemas.