Comércio varejista abriu 3.029 vagas de emprego em junho, revela Fecomercio-SP

Supermercados, Comércio Automotivo e Farmácias e Perfumaria foram os setores que mais contrataram

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O comércio varejista abriu 3.029 vagas em São Paulo, no mês de junho. O número representa alta de 0,4% em relação a maio. Com isso, o setor de varejo fechou o sexto mês do ano com 835.465 funcionários formais e uma taxa de rotatividade de 4,2%.

“Embora esse aumento seja ainda inferior ao registrado em junho do ano passado, quando foram criados 6.817 novos empregos, o comércio varejista continua com sinais de recuperação, pelo terceiro mês consecutivo, no nível de emprego”, explica o estatístico da Fecomercio-SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo).

O estudo divulgado pela Fercomercio-SP nesta sexta-feira (14) é baseado nos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho).

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Setores

Em junho, ante maio, os segmentos com maior peso no varejo – Supermercados, Comércio Automotivo e Farmácias e Perfumarias – foram os que mais disponibilizaram emprego, com 1.818 contratações.

As Lojas de Eletrodomésticos e Eletroeletrônicos, por sua vez, contrataram 162 pessoas no mês de análise. Assim, nos seis primeiros meses deste ano, o setor foi responsável pela criação de 1.040 empregos, totalizando 75.289 empregados com carteira assinada. O aumento do número de contrações ocorreu devido à elevação do volume de vendas, beneficiadas pela redução do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) para o setor.

A redução do IPI também trouxe impactos positivos nas contratações para o setor automotivo, que teve crescimento de 0,8% em junho.

Por outro lado, as Lojas de Departamentos registraram queda de 1% no número de contratações em junho. No mês de maio, o setor já havia apresentado recuo de 1,9%.

Análise

De acordo com o estatístico da Fecomercio, os dados do nível de emprego no segundo trimestre indicam que o comércio varejista continua otimista quanto ao rumo dos negócios neste ano, principalmente devido à retomada do crédito, ao prolongamento dos prazos de financiamento, à desoneração fiscal beneficiando segmentos específicos, como Concessionárias de Veículos, Eletrodomésticos e Materiais de Construção, e às quedas das taxas de juros.

“As empresas varejistas acreditam que a política do governo de manutenção do emprego e de estímulo ao consumo interno possam dar resultados, cujas consequências serão o aumento do volume de negócios e do nível de emprego”.

Salários

Com relação aos salários, no mês de junho, a remuneração média no comércio varejista na região metropolitana de São Paulo foi de R$ 1.274.

As Lojas de Departamentos foram as que pagaram a média salarial mais alta do mês de análise (R$ 2.265). Em seguida, aparecem as Concessionárias de Veículos (R$ 1.708) e as Lojas de Eletrodomésticos e Eletroeletrônicos (R$ 1.741).

Em contrapartida, o setor de Supermercados (Alimentos e Bebidas) ofereceu o menor salário médio, de R$ 1.075.