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SÃO PAULO – Os piores salários do mercado profissional são pagos pelo comércio. É isso o que revela uma pesquisa que analisou 150 empresas de 15 atividades econômicas no Brasil, e foi realizada pela consultoria Hay Group, em conjunto com a revista Supermercado Moderno.
Logo atrás do varejo, aparecem na lista dos salários mais baixos os setores de seguros, de comunicação e bancário. No extremo oposto do ranking, os melhores pagadores são os segmentos farmacêutico, petrolífero e químico.
Pouca especialização no comércio
De acordo com a pesquisa, os salários pagos no comércio são, em linhas gerais, 29% menores que a média nacional de R$ 4.410, valor calculado com base nos vencimentos de todos os níveis de hierarquia da empresa, inclusive a presidência.
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Os salários do varejo são mais baixos porque a mão-de-obra do segmento, na maioria dos casos, é menos qualificada que a de outros setores. Além disso, a folha de pagamento da categoria chega a responder por 70% dos gastos do comércio, o que provoca pressão sobre os valores pagos aos funcionários, e causa até mesmo a redução do contingente de profissionais.
Apesar de pagar salários mais baixos, o varejo e outras áreas de pouca remuneração se preocupam em compensar seus funcionários com gratificações, políticas de incentivo e participação nos lucros da empresa.
Há também a prática de aumento de salários individuais, de acordo com os resultados do colaborador. Este hábito foi constatado em 86% das companhias analisadas pela pesquisa em 2004. Um ano antes, esta parcela era de apenas 58%.
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Grande empregador
Embora pague os salários mais baixos do mercado, o varejo é o setor que mais emprega no País, com cerca de 750 mil postos formais de trabalho. O segmento também se apresenta muito ligado à informalidade, já que pequenas lojas raramente registram seus empregados.