Comerciárias de SP ganham R$ 192 a menos que seus colegas de trabalho

Se considerarmos o ganho médio mensal dos comerciários com carteira assinada, percebe-se uma discrepância de R$ 195

Equipe InfoMoney

Publicidade

SÃO PAULO – Em pleno Dia Internacional da Mulher – criado em meio a protestos por melhores condições de trabalho e salários – percebe-se que a situação de desigualdade não mudou em algumas áreas.

De acordo com dados divulgados na última quarta-feira (07) pelo Sindicato dos Comerciários de São Paulo, as trabalhadoras da categoria recebiam R$ 192 a menos que seus colegas de trabalho do sexo masculino em janeiro de 2005 (R$ 667 contra R$ 859 mensais).

Situação piora para os trabalhadores formais

Se considerarmos o ganho médio mensal dos comerciários com carteira assinada, percebe-se uma discrepância ainda maior, de R$ 195, já que os valores recebidos no primeiro mês de 2005 eram de R$ 720 para as mulheres e R$ 915 para os homens.

Oferta Exclusiva para Novos Clientes

Jaqueta XP NFL

Garanta em 3 passos a sua jaqueta e vista a emoção do futebol americano

Entre os trabalhadores do comércio de São Paulo que não têm carteira assinada, a diferença salarial média entre homens (R$ 678) e mulheres (R$ 513) era de R$ 165 no período em questão.

Jornada de trabalho menor

Para ambos os sexos, a jornada de trabalho no comércio paulistano tem sua média acima do permitido por lei (44 horas por semana), sendo de 47 horas semanais para as mulheres e 49 para os homens.

No entanto, se considerarmos os comerciários que trabalham acima da jornada contratada, notaremos que o percentual entre o sexo masculino é maior do que o feminino: 71% contra 69,2%.

Continua depois da publicidade

Mulheres são a maioria

Ainda segundo o estudo, realizado em parceria com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), 52,8% dos 530 mil comerciários (formais e informais) do município de São Paulo são do sexo feminino.

Considerando apenas as trabalhadoras paulistanas do comércio, percebe-se que 56% têm o ensino médio completo, 14,6% não o concluíram e 11,1% só estudaram até o ensino fundamental. Entre os homens, os percentuais são de 45,3%, 15,4% e 19,4%, respectivamente.